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Estado de Minas Energia

Em visita a Uberlândia, Romeu Zema defende privatização da Cemig

O governador ainda elogiou o empreendimento, que vai investir R$ 100 milhões em 2020


25/09/2020 13:49 - atualizado 25/09/2020 14:03

Zema disse que Estado não consegue investir para readequar Cemig(foto: Vinícius Lemos)
Zema disse que Estado não consegue investir para readequar Cemig (foto: Vinícius Lemos)
Durante inauguração de uma usina fotovoltaica em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, o governador mineiro Romeu Zema (Novo) defendeu a privatização da Cemig, a qual disse estar exaurida e precisar de R$ 12 bilhões para reestruturação. Ele ainda elogiou o novo empreendimento do setor privado, que até o fim do ano vai inaugurar mais duas plantas do tipo e chegar a um investimento de R$ 100 milhões.
 
 
A usina fotovoltaica, de acordo com Zema, mostra que Minas Gerais tem potencial para se transformar em um grande produtor de energia elétrica, o que seria importante, uma vez que Cemig tem dificuldades de expansão. “Muitos produtores rurais, industriais e operadores logísticos gostariam de ter mais energia e muitas vezes eles são atrasados porque nossa companhia estatal não consegue entregar (energia) na quantidade e agilidade necessárias. Isso deixa muito claro que a empresa estatal foi exaurida financeiramente nos últimos governos prejudica o desenvolvimento do Estado”, disse.

O governador completou que, atualmente, o Estado não consegue investir o valor necessário para readequar a Cemig, com isso, o setor privado teria mais condições de tocar a empresa. Apesar de novamente citar a venda da companhia de energia mineira, não há previsão sobre o projeto de privatização. Segundo Zema, a prioridade no momento é terminar os andamentos para negociação da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemig), mas foi salientado que o andamento, contudo, é lento e que passa por diversas etapas de análise como pela Comissão de Valores Mobiliários, pelo Ministério da Economia e até BNDES.

Empreendimento

A usina fotovoltaica Granja Marileusa I tem capacidade de produzir 5,9 megawatts/pico e é a quarta planta própria da empresa Alsol, hoje sob controle do Grupo Energisa. Os quatro pontos de produção de energia elétrica conseguem gerar 20,3 megawatts/pico, o suficiente para abastecer 20 mil casas populares. Outras duas fazendas de produção de eletricidade a partir da luz solar serão inauguradas nas cidades de Iraí de Minas e Piumhi até dezembro. A energia gerada por essas fazendas solares é consumida, principalmente, por micro, pequenas e médias empresas de comércio e serviços.

A nova usina em Uberlândia também será o terceiro ponto de recarga de veículos elétricos diretamente da produção. Estão em teste carregadores rápidos que viabilizam percurso de mais de 900km, entre Brasília (DF) e Campinas (SP), em um só dia, com parada em Uberlândia. Os testes acontecem com frotas de empresas locais parceiras. “Esses são investimentos para termos cada vez mais novas fontes de energia no futuro”, afirmou o presidente da Energisa, Ricardo Botelho.

Voltas às aulas

Ainda durante a visita a Uberlândia, Romeu Zema citou que a volta às aulas não será obrigatória e que pais e prefeitos terão autonomia sobre a decisão. “O ideal seria termos solução única para o Estado. Tem pai me criticando na internet, pois não seria o momento de voltar as aulas, então que ele deixe o filho em casa. Vão continuar as aulas pela internet e a entrega do material didático. A decisão final é dos prefeitos. O STF disse que o Minas Consciente optativo. Se algum prefeito que estiver na onda vermelha quiser liberar aula, ou se estiver na onda verde e não quiser liberar aula, ele tem essa autonomia”, afirmou.


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