A taxa de desemprego no Brasil saiu de 13,7% na primeira semana de setembro para 14,1% na segunda semana do mês, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Covid (Pnad Covid-19), divulgados nesta sexta-feira, 2, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O instituto avalia que o cenário foi de estabilidade na maioria dos indicadores do mercado de trabalho entre os dias 6 e 12 de setembro.
Desemprego pode piorar
"A população ocupada permaneceu estável, em 82,6 milhões de pessoas, após ter apresentado variações positivas nas últimas três semanas. A população desocupada também ficou estável", diz Maria Lucia Vieira, coordenadora de Trabalho e Rendimento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O IBGE estimou a população desempregada em 13,5 milhões de pessoas na segunda semana de setembro, cerca de 500 mil a mais que o registrado na semana anterior, quando essa população totalizava 13 milhões.
O total de ocupados é de 82,6 milhões na segunda semana de setembro, 300 mil a mais que o patamar da semana anterior, quando havia 82,3 milhões de pessoas ocupadas no País.
O contingente de pessoas afastadas do trabalho devido às medidas de distanciamento social caiu perante a semana anterior, para aproximadamente 3 milhões de trabalhadores, o correspondente a 3,7% da população ocupada. Na primeira semana de setembro esse porcentual era de 4,2%, um total de 3,4 milhões de pessoas.
Já a população ocupada e não afastada do trabalho foi estimada em 77,2 milhões de pessoas, ante um contingente de 76,8 milhões de trabalhadores registrado na semana anterior.
Trabalho remoto
Além disso, na segunda semana de setembro 8,2 milhões de pessoas trabalharam remotamente, ou 10,7% da população ocupada e não afastada do trabalho. O número ficou praticamente estável em relação à primeira semana do mês (8,3 milhões de pessoas).
"O porcentual da população que vinha trabalhando remotamente permanece estável, na casa dos 10,7% nessas últimas três semanas", diz a pesquisadora.
A população fora da força de trabalho - que não estava trabalhando nem procurava por trabalho - somou 74,6 milhões na segunda semana de setembro, cerca de 400 mil a menos que os 75 milhões registrados na semana anterior.
Entre os inativos, cerca de 26 milhões de pessoas, ou 34,9% da população fora da força de trabalho, disseram que gostariam de trabalhar. No entanto, 16,3 milhões alegaram que não procuraram trabalho por causa da pandemia ou por não encontrarem uma ocupação na localidade em que moravam.
O nível de ocupação foi de 48,4% na segunda semana de setembro ante 48,3% na semana anterior. A proxy da taxa de informalidade ficou em 34,3% na segunda semana de setembro ante 34,6% na semana anterior.