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Estado de Minas NEGÓCIOS LOCAIS

Mercado do Cruzeiro: Vendas sobem 45% entre janeiro e setembro

Serviço de delivery impulsionou as vendas e teve papel importante no resultado positivo em plena pandemia de COVID-19


02/10/2020 15:22 - atualizado 02/10/2020 16:36

Mercado do Cruzeiro registra crescimento nas vendas(foto: Maíra Rolim/Divulgação)
Mercado do Cruzeiro registra crescimento nas vendas (foto: Maíra Rolim/Divulgação)
Mesmo com a pandemia causada pela COVID-19, os 50 lojistas do Mercado Distrital do Cruzeiro, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, registraram crescimento médio de vendas na ordem de 45% entre janeiro e setembro.

Quando os nove primeiros meses deste ano são comparados ao mesmo período de 2019, o aumento do faturamento chega a ser superior a 50%.

Segundo a administração do centro de compras, mesmo com a crise os negócios não foram afetados. E um dos fatores para o saldo positivo é a expansão do delivery, que durante esse período fez com que o faturamento de 90% das lojas crescesse mais de 30%.
 

As vendas do comércio varejista em todo o país cresceram 5,2% em julho, na comparação com junho, engatando a terceira alta mensal consecutiva, de acordo com dados recentes divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar de apontar uma trajetória de recuperação, o setor ainda acumula queda de 1,8% no ano.

Porém, alguns segmentos do varejo não foram afetados pela crise provocada pela pandemia. É o caso dos mercados populares municipais, especializados na venda de produtos básicos, consumidos pelos brasileiros e que estão mais próximos dos consumidores.
 

Mais segurança 

Segundo o empresário João Morais, membro do grupo administrador do Mercado do Cruzeiro, o crescimento nas vendas pode ser explicado pela preferência dos consumidores em optarem pelos centros de compras tradicionais ao invés dos supermercados. Isso porque o espaço é mais arejado, o que dá mais segurança aos clientes, em tempos de preocupação com a transmissão do novo coronavírus. 
  
“Pelo fato de o Poder Público ter permitido apenas o funcionamento de supermercados e mercados no momento mais crítico da COVID-19, muitos clientes novos apareceram, se sentiram mais seguros aqui e mantiveram o hábito”, explica.

Outro fator apontado por ele como responsável pela escolha dos consumidores em realizarem suas compras nos mercados populares é a qualidade dos produtos oferecidos. “Aqui no Mercado Distrital do Cruzeiro, por exemplo, os hortifrutis são negociados diariamente com a Ceasa e produtores orgânicos, o que garante a oferta de produtos frescos na casa do cliente todos os dias”, ressalta.

Entrega em domicílio

 
O delivery também tem participação importante no crescimento das vendas. João Morais conta que, ao longo destes nove meses, o serviço de entrega fez o faturamento das lojas crescer mais de 30%. De acordo com ele, o volume maior de pedidos fica por conta dos insumos básicos: hortifrútis, itens da cesta básica, carnes, mercearias e vinhos. 

“Hoje, sem dúvida, ele (o delivery) é o nosso melhor canal de vendas. É, inclusive, mais significativo do que a compra presencial”, afirma. Enquanto o primeiro corresponde a 55% da receita mensal total do mercado, a segunda representa 45% das transações. “Acredito que, mesmo em um cenário pós-pandemia, o delivery vai permanecer, principalmente porque agregou comodidade para os clientes.”

O fortalecimento do serviço de vendas pelo WhatsApp do Mercado Distrital do Cruzeiro resultou também em novas contratações. Morais destaca que precisou admitir dois funcionários em sua loja para ajudar na separação dos produtos que são enviados para a casa dos clientes, uma função que antes da pandemia praticamente não existia.
 
*Estagiária sob supervisão da editora Liliane Corrêa


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