O Grupo Mateus decidiu nesta segunda-feira reapresentar o prospecto de sua oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), em razão do acidente ocorrido no Mix Atacarejo, em São Luís (MA). No documento, a empresa abriu prazo para desistência até 9 de outubro aos investidores não institucionais que já apresentaram seu Pedido de Reserva.
Efeito adverso
Diante da repercussão do ocorrido (a queda de gôndolas de produtos em cascata que levou à morte de uma funcionária), a empresa optou por incluir a descrição do acidente no Prospecto Preliminar da Oferta, em "Eventos Recentes". No documento, a empresa aponta na parágrafo sobre "Fatores de risco relacionados a nós", na seção 4,1, que o acidente "ocasionou efeito adverso sobre nossos negócios e imagem, podendo ainda ocasionar futuramente efeito adverso relevante adicional". O grupo destaca ainda que até o momento as causas do acidente permanecem sob investigação. Os demais termos e condições da oferta seguem inalterados.
Com demanda forte desde o seu lançamento, a abertura de capital do Grupo Mateus tem ordens perto de três vezes o volume oferecido, se for considerado o piso da faixa indicativa de preço para as ações, estabelecida em prospecto entre R$ 8,97 e R$ 11,66. Se o IPO do quarto maior atacarejo do Brasil sair a esse valor e forem vendidos os lotes extras, a oferta movimentará R$ 4,8 bilhões. O grupo se posicionará, assim, como a maior abertura de capital na B3 de 2020, até aqui. A demanda ainda poderá crescer, visto que a ação só terá o preço fixado na quinta, dia 8. A estreia da empresa na B3 está prevista para 13 de outubro.
ECONOMIA