O fluxo de veículos em estradas com pedágio manteve em setembro a tendência de crescimento marginal ao avançar 5,1% na comparação com agosto, na série com ajuste sazonal, segundo dados divulgados nesta sexta-feira, 9, pela Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR) e pela Tendências Consultoria Integrada.
O crescimento foi puxado pela recuperação do fluxo de veículos leves, que cresceu 6,1% na passagem do oitavo para o nono mês. O fluxo de veículos pesados também mostrou crescimento, de 2,7% na margem.
Os veículos pesados são destaque, por outro lado, na comparação com setembro de 2019. Nesta base, o fluxo de veículos do tipo cresceu 5% no nono mês de 2020, enquanto o fluxo de veículos leves cedeu 8,1%. O fluxo total medido pela ABCR teve queda de 4,8%.
"As recentes políticas de sustentação de renda impulsionam bens de consumo, contribuindo para o transporte de cargas. Por outro lado, o fluxo de leves está ligado ao desdobramento da covid-19", afirma, em nota, a analista Andressa Guerrero, da Tendências. Ela observa que houve queda no fluxo de veículos leves mesmo com o feriado prolongado de 7 de setembro.
No acumulado de 2020, a ABCR e a Tendências apuraram contração de 16,3% no fluxo total de veículos em estradas pedagiadas. Nas aberturas, há queda de 20,7% no fluxo de veículos leves e de 3% no fluxo de veículos pesados. Nos 12 meses encerrados em setembro, o fluxo agregado acumula queda de 11,3%, enquanto os veículos leves têm contração de 14,5% e os pesados, redução de 1,4%.
Estados
Em São Paulo, o fluxo total de veículos em estradas pedagiadas cresceu 5,1% em setembro ante agosto, na série com ajuste. O resultado foi puxado por alta de 5,9% dos veículos leves e de 2,9% dos veículos pesados. Na comparação com setembro de 2019, houve queda de 7,6% no fluxo total, influenciada por contração de 11% nos veículos leves e alta de 4,2% nos veículos pesados.
No Rio de Janeiro, o fluxo de veículos subiu 5,7% em setembro ante agosto, com resultados positivos em veículos leves (5,2%) e pesados (3,4%). Em relação a igual mês de 2019, o fluxo total cedeu 0,6%, com queda de 0,8% nos veículos leves e alta de 0,2% nos veículos pesados.
No Paraná, o fluxo total cresceu 4,3% na margem, puxado por alta de 5,9% no fluxo de veículos leves e de 4,3% no fluxo de veículos pesados, na série com ajuste. Na comparação interanual, o Estado também registra alta no fluxo total, de 6,3%, puxada por aumento de 3,9% no fluxo de veículos leves e de 9,9% no fluxo de veículos pesados.
ECONOMIA