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Estado de Minas DEPOIS DO LOCKDOWN

Pará de Minas tem crescimento econômico de 12,5% em meio à pandemia

Levantamento da Secretaria Municipal de Fazenda mostra que cidade registrou aumento no número de empresas e, em agosto, houve mais contratações que demissões


09/10/2020 15:23 - atualizado 09/10/2020 15:33

Cidade registrou abertura de 542 empresa, 1.221 inscrições de MEIs e 89 inscrições de trabalhadores autônomos(foto: Prefeitura de Pará de Minas/Divulgação)
Cidade registrou abertura de 542 empresa, 1.221 inscrições de MEIs e 89 inscrições de trabalhadores autônomos (foto: Prefeitura de Pará de Minas/Divulgação)
Após o lockdown e a proibição do funcionamento de várias atividades comerciais, o temor dos governantes era com a desaceleração da economia e a consequente quebra de empresários e demissão dos funcionários. Mas, em Pará de Minas, cidade localizada no Centro-Oeste mineiro, esse cenário não se realizou. Pelo contrário.

Levantamento realizado pelo sistema eletrônico de operação de empresas da Secretaria Municipal de Fazenda revelou um crescimento na abertura de empresas e na movimentação da atividade econômica da cidade.
 
O estudo confirmou 1.886 operações no sistema eletrônico municipal entre os meses de março e setembro. Nesse período foram abertas 542 empresas, além de 1.221 inscrições de Microempreendedores Individuais (MEIs) e 89 inscrições de trabalhadores autônomos.

Outras 34 inscrições foram reativadas. Por outro lado, nesse mesmo período foram encerradas 349 empresas. No balanço, a cidade registrou aumento, nesse espaço de seis meses, de 1.547 empresas. Os números positivos também foram confirmados pelo relatório que apura o movimento econômico de Pará de Minas com a finalidade de definir o ICMS do município.

Segundo o secretário municipal de Fazenda, José Leonardo Martins, o crescimento econômico de Pará de Minas foi surpreendente no primeiro semestre. “Nós tivemos, entre janeiro e julho, um crescimento de 12,4% na atividade econômica. O sistema eletrônico processou mais de 4 milhões de notas fiscais, o que representa 80% da economia da cidade. Nas exportações tivemos um aumento de 45% na venda de bens e serviços. Em 2019, foram R$ 139,7 milhões e, neste ano, R$ 203,9 milhões”. 

Geração de empregos


Em relação aos empregos, outro indicativo, do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), mostra que agosto foi o primeiro mês após a pandemia em que a cidade mais admitiu do que demitiu. Foram 909 contratações contra 709 demissões. Abril foi o período mais crítico, com 392 admissões contra 881 demissões. No acumulado do ano o balanço ainda é negativo, com 6.086 admissões e 6.517 desligamentos.

A indústria foi o setor que mais empregou na cidade, fechando o balanço com 113 novos trabalhadores com carteira assinada. Já o comércio apareceu em segundo lugar, abrindo 52 vagas, enquanto o setor de serviços fez 51 contratações. Já o agronegócio contratou apenas dois trabalhadores.

Para o secretário, essa retomada da economia se deve ao curto período de fechamento do comércio e à conscientização dos empresários sobre a importância de investir nos protocolos de distanciamento e higienização.

“A gente acha que a administração e o comitê [de Enfrentamento à COVID-19] tomaram atitudes corretas. A gente fez lockdown de pouco mais de um mês. Somente o comercio essencial ficou aberto. A gente achava que o impacto seria gigantesco, mas tivemos um crescimento em venda e em abertura de empresas. Se não houvesse a decisão de reabrir o comércio, o impacto seria grande. Os empresários tiveram que se adaptar a essa nova realidade e se comprometeram a instruir o seu pessoal para reabrir com segurança. O resultado hoje é um conjunto de fatores positivos e decisões acertadas”, analisou Martins.


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