A alimentação está pesando cada vez mais no orçamento do belo-horizontino. Após a alta do arroz, as frutas, legumes e hortaliças são as novas “vítimas” da elevação de preços. Uma pesquisa feita pelo site Mercado Mineiro mostra que o aumento entre agosto e o mês atual chegou a 107%. O consumidor, também, deve ficar atento na hora de comprar, pois a análise também indica que a variação de valores na capital pode chegar a 234%.
De agosto para outubro, de acordo com o Mercado Mineiro, o preço do repolho subiu 107%. O preço médio passou de R$ 1,38 para R$ 2,87. O tomate, alimento tradicional na mesa do brasileiro, também não escapou do aumento: teve o preço médio elevado em 82%, indo de R$ 2,92 para R$ 5,34. A cenoura, por sua vez, teve um salto de R$ 2,70 para R$ 3,16, o que representa um reajuste de 17%, 1% a menos que o pimentão verde, que foi de R$ 4,02 para R$ 4,69.
Nas frutas, o campeão do aumento foi o abacate, cujo quilo tinha o preço médio de R$ 4,10 e foi para R$ 6,16, ou seja, um salto de 50%. Já o limão thaiti, que custava em média R$ 4,37, subiu para R$ 6,40. Um reajuste de 46%. A elevação de preço também atingiu a banana caturra, que foi de R$ 2,84 para R$ 3,69, representando um índice de 30% de aumento. Já o quilo da maçã, que estava em R$ 7,72, foi para R$ 8,93. Salto de 15%.
Variação
Na hora de comprar, o consumidor precisa ter bastante atenção para tentar economizar, mesmo com a disparada de preços. Isso porque, de acordo com a pesquisa feita pelo Mercado Mineiro em 17 estabelecimentos, entre os dias 4 e 6 de outubro, a variação de preço de um mesmo item pode variar em até 234% na capital mineira.
É o caso da conhecida banana caturra, que pode ser encontrada tanto por R$ 1,49 quanto por R$ 4,99, chegando ao índice estratosférico de 234%. A mandioca não fica muito longe disso, uma vez que pode custar de R$ 0,99 até R$ 2,99, o que representa uma variação de 202%. Um pouco abaixo disso, com 185%, está o quiabo, que pode ter valores entre R$ 3,49 e R$ 9,98.
A beterraba pode ser encontrada por R$ 1,48 até R$ 3,99, o que representa uma variação de 169%. Quem também está na lista é a batata inglesa, com faixa de preço de R$1,78 até R$3,99, ou seja, um índice de 124%. O quilo de cebola branca, por sua vez, pode custar de R$ 2,98 até R$ 5,99. Valores que variam em até 101%. A cebolinha e a couve têm variações de 108%, custando de R$ 1,20 até R$ 2,50. Já o quilo do tomate pode chegar a 100%, uma vez que podem ter valores entre R$ 3,98 e R$ 7,99.
No caso das frutas, foram constatadas variações de 200%, como aconteceu o mamão Havaí que pode custar de R$1,99 até R$5,98. O limão Thaiti, por sua vez, pode custar de R$ 3,98 até R$ 9,98, registrando uma variação de 150%. O quilo da maçã pode ser encontrado tanto por R$ 5,99 quanto por R$ 11,99, com uma variação de 100%.
Arroz e óleo
De acordo com os dados da pesquisa, o preço médio do pacote de arroz de 5kg em Belo Horizonte, em setembro, era de R$ 22,43. Já neste mês o valor teve uma alta de 4,76%, chegando a R$ 23,50. E a principal forma para tentar aliviar o orçamento na aquisição de arroz em Belo Horizonte é por meio da pesquisa. Isso porque foi constatada uma variação de 99,51% no custo da mercadoria, que pode ser encontrada tanto por R$ 16,49 quanto por R$ 32,90.
Já o óleo de soja 900ml teve uma alta de R$ 0,40 no preço médio de outubro, em comparação com setembro. No mês passado, o valor era de R$ 6,14. Atualmente, é de R$ 6,54. Um aumento de 6,42%. Cabe ao consumidor pesquisar na hora de comprar o condimento, já que a variação de preços pode chegar a 35,65%. A pesquisa encontrou o produto a R$ 5,89 em alguns lugares, chegando a ficar R$ 7,99 em outros.
Foi justamente o preço dos alimentos - incluindo o arroz e o óleo - e dos combustíveis que fizeram com que a inflação oficial do Brasil acelerasse para 0,64% em setembro, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Os dados, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que o óleo de soja e o arroz tiveram as maiores altas no mês passado, com 27,54% e 17,98%, respectivamente. No caso do arroz, o aumento acumulado em 2020 chega a 40,69%.