O medo do brasileiro com relação ao desemprego atingiu 55 pontos em setembro, o que representou uma queda de 1,1 ponto em relação a dezembro de 2019 e também recuo de 3,2 pontos em relação a setembro do ano passado.
O dado foi divulgado nesta quarta-feira (14) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), que avalia que, apesar dos graves impactos da pandemia da covid-19 sobre a economia, as medidas de proteção do emprego adotadas no período contribuíram para conter o desemprego e aumentar a segurança do trabalhador.
"Possivelmente, a transferência de renda às famílias também contribuiu para esse resultado. Por fim, a retomada gradual das atividades comerciais e produtivas dos últimos meses tem impactado positivamente a formação de expectativas dos agentes, que, em um primeiro momento, esperavam por uma recuperação econômica mais lenta", avalia a entidade.
A pesquisa revela que, embora tenha caído para a população como um todo, o medo do desemprego, no entanto, aumentou em certos perfis da população: os com idade entre 25 e 54 anos (sobretudo os mais jovens dessa faixa); os com ensino superior; e os com renda familiar superior a cinco salários mínimos.
População feminina
O medo do desemprego também segue maior entre a população feminina, os brasileiros que residem no Nordeste e os que recebem até um salário mínimo.
A CNI destaca que, assim como ocorreu em dezembro de 2019, a diferença no medo do desemprego entre homens e mulheres aumentou. Apesar de o indicador ter caído para ambos, o medo do desemprego entre homens teve maior recuo.
A pesquisa da CNI mediu ainda o Índice de Satisfação com a Vida, que ficou praticamente constante em setembro, atingindo 68,5 pontos, uma variação positiva de 0,2 ponto em relação a dezembro de 2019 e uma queda de 0,5 ponto ante setembro do ano passado.
A pesquisa foi realizada entre os dias 17 e 20 de setembro, sendo realizadas 2.000 entrevistas em 127 municípios brasileiros.