O governo registrou um ingresso extraordinário de R$ 2,5 bilhões em arrecadação de Imposto de Renda de Pessoas Jurídicas (IRPJ) e Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) em setembro, informou nesta quarta-feira a Receita Federal. Houve ainda o recolhimento de aproximadamente R$ 200 milhões em tributos que haviam sido adiados pelo governo, para dar fôlego aos contribuintes no auge da crise provocada pela pandemia da covid-19.
Por outro lado, as compensações tributárias tiraram R$ 12,121 bilhões das receitas do governo. Essas compensações aumentaram 38,90% em relação a setembro de 2019. Também há a redução do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para operações de crédito, que significou uma renúncia de R$ 2,351 bilhões no mês passado.
Com isso, os fatores "não recorrentes" na arrecadação federal em setembro tiveram um impacto negativo de R$ 11,971 bilhões. Mesmo assim, a receita total teve uma alta real de 1,97% na comparação com setembro de 2019.
No mês passado, não havia a previsão de recolhimento extra de PIS/Cofins e contribuição previdenciária para quem aderiu ao diferimento de tributos.
Segundo a Receita, o mês de setembro foi deixado para que o contribuinte ganhasse novo fôlego financeiro para pagamento do tributo adiado em outubro de 2020.
A primeira parcela desse passivo permitido pelo governo foi quitada em agosto, quando foram recolhidos R$ 17,3 bilhões dos R$ 23,2 bilhões esperados.
Nas contas do Fisco, ainda há um saldo de R$ 64,522 bilhões em tributos diferidos a serem pagos pelos contribuintes.
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