O País tinha 8,073 milhões de pessoas trabalhando de forma remota em setembro, 303 mil a menos que em agosto, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Covid (Pnad Covid-19) mensal divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em setembro, os maiores porcentuais de trabalhadores remotos estavam no setor público: militares e servidores estatutários (27,7%), empregado do setor público com carteira assinada (21,8%) e empregado do setor público sem carteira assinada (19,9%). No setor privado, 9,6% dos trabalhadores com carteira assinada atuavam remotamente, enquanto 7,3% dos sem carteira trabalhavam nessa condição.
Entre os empregadores, 9,4% trabalhavam de forma remota em setembro, e apenas 5,0% dos trabalhadores por conta própria estavam em trabalho remoto.
A Região Norte foi a que apresentou o menor porcentual de pessoas ocupadas trabalhando remotamente (4,3%), enquanto a Região Sudeste foi a que apresentou a maior proporção (13,5%).
Entre as mulheres que trabalhavam, 14,7% atuavam remotamente, enquanto entre esses homens esse porcentual era de 7,5%.
O trabalho remoto alcançava apenas 0,4% dos ocupados que cursaram até o fundamental incompleto. Entre os que tinham ensino médio incompleto, apenas 1,0% trabalhava remotamente. Por outro lado, entre os ocupados com nível superior completo ou pós-graduação, 32,3% estavam trabalhando remotamente.
"Essa relação entre escolaridade e trabalho remoto foi observada em todas as regiões, com destaque para o Sudeste, onde 37,5% das pessoas com nível superior completo ou pós-graduação estavam nesta condição. Mas entre maio e setembro, em todos os grupos, a proporção de pessoas trabalhando remotamente diminuiu", apontou o IBGE.
Horas trabalhadas
Também segundo a pesquisa do IBGE, a retomada gradual das atividades econômicas e flexibilização das medidas de isolamento social fizeram crescer o número de horas efetivamente trabalhadas pelos brasileiros em setembro em todas as Grandes Regiões do País.
O número médio de horas efetivamente trabalhadas em agosto foi de 34,1 horas semanais, ante 40,1 horas habituais. Em setembro, foram trabalhadas 35,1 horas semanais, ante as 40,1 horas habituais.
A maior diferença em setembro entre as horas habituais e efetivas foi na região Nordeste (5,4 horas de diferença), enquanto a menor era a da região Centro-Oeste (4,5 horas de diferença).
As mulheres trabalharam 6,0 horas a menos que o habitual, e os homens registraram uma diferença de 4,2 horas.
No Brasil, 19,6% das pessoas ocupadas e não afastadas do trabalho atuaram efetivamente menos horas que as habituais em setembro, o equivalente a 15,2 milhões nessa situação.
Para 3,1 milhões de trabalhadores, o número de horas efetivamente trabalhadas foi maior que as habituais, 4,0% das pessoas ocupadas e não afastadas.
ECONOMIA