Em meio ao processo de reabertura da economia, na esteira da pandemia do novo coronavírus, as concessões dos bancos no crédito livre subiram 7,3% em setembro ante agosto, para R$ 310,5 bilhões, informou nesta segunda-feira, 26, o Banco Central. No ano, o avanço acumulado foi de 2,5% e, nos 12 meses até setembro, de 6,2%.
Estes dados, apresentados pelo BC, não levam em conta ajustes sazonais. Os números são influenciados pelos efeitos da pandemia, que colocou em isolamento social boa parte da população e reduziu a atividade das empresas, em especial nos meses de março e abril.
Durante a pandemia, o BC e o Ministério da Economia anunciaram uma série de medidas justamente para manter o acesso ao crédito por parte de famílias e empresas.
Em meio à carência de recursos, famílias e empresas aumentaram a demanda por algumas linhas de crédito nos bancos. O BC não divulga dados sobre o quanto a procura por crédito aumentou - mas apenas sobre o quanto foi concedido.
Em setembro, no crédito para pessoas físicas, as concessões subiram 4,4%, para R$ 160,3 bilhões. Em 12 meses até setembro, há alta de 1,4%.
Já no caso de pessoas jurídicas, as concessões avançaram 10,6% em setembro ante agosto, para R$ 150,2 bilhões. Em 12 meses até setembro, o avanço é de 11,8%.
Série dessazonalizada
O Banco Central informou também que as concessões de crédito subiram 2,9% em setembro ante agosto na série dessazonalizada. No caso de pessoas físicas, essas concessões avançaram 5,7% e, no das empresas, subiram 2,3%.
Os números mostram ainda que, em setembro, as concessões no crédito livre - que reúne operações que não utilizam recursos do BNDES ou da poupança - subiram 3,4%. No caso das pessoas físicas, houve alta de 6,7%. Para as empresas, a alta foi de 2,0%.
No caso das concessões no crédito direcionado (recursos do BNDES e da poupança), houve ligeira alta em setembro ante agosto, de 0,1%. Entre as pessoas físicas, houve queda de 5,5%. Para as empresas, houve baixa de 3,0%.
ECONOMIA