A petrolífera independente PetroRio espera fechar até o fim do ano a compra do campo de Frade, na Bacia de Campos, da Petrobras. Para isso, a empresa aguarda decisão da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) sobre sua proposta de garantia de abandono da área no futuro. A venda foi concluída há um ano.
Após ter o negócio aprovado pelo órgão regulador, a PetroRio deve avançar com a operação em Frade a partir do segundo trimestre do ano que vem, ou no mais tardar, no fim de 2021. O campo deve contribuir para a companhia reduzir o custo total de extração. Também o fim do contrato de afretamento da plataforma do campo de Tubarão Martelo deve ajudá-la nisso.
"A gente vai chegar a US$ 140 milhões de custo de extração do conjunto dos ativos no ano que vem", afirmou o diretor de Operações da companhia, Francisco Francilmar.
Além de Frade, a petrolífera avalia a aquisição de novos ativos de óleo e gás da estatal e de outras empresas. "Chama atenção Albacora", disse o executivo, em relação ao campo da Bacia de Campos oferecido pela Petrobras.
Novas aquisições, se forem de grandes proporções, podem mobilizar a empresa para acessar o mercado de equity. O ideal, segundo o executivo, é não aumentar o indicador de alavancagem muito além do atual 1,9 vez. Mas a empresa poderá ultrapassar a marca de 2 vezes.
A PetroRio disse que também poderá vender ativos, como o campo de Manati, produtor de gás natural no litoral da Bahia. A petrolífera Enauta vendeu neste ano sua participação de 45% na área e a Petrobras negocia o desinvestimento da sua fatia de 35%.
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