O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) terá até fevereiro de 2021 para analisar a venda do negócio de maionese e margarina da Bunge para a Seara Alimentos.
Nesta quarta-feira, 4, o tribunal aprovou a prorrogação do prazo por mais 90 dias, pedida pelo conselheiro relator Sérgio Ravagnani. Ele alegou que há elevado volume de informações a ser analisado, como manifestações de interessados, pareceres e estudos econômicos.
A operação foi notificada ao Cade em março de 2020 e chegou a ser aprovada pela Superintendência Geral do Cade. O conselheiro Luiz Henrique Braido, no entanto, decidiu reabrir a análise e "avocou" o processo para o tribunal, o que significa que a operação será analisada pelos sete conselheiros do órgão.
Por lei, o Cade tem 240 dias para concluir a análise de atos de concentração, prazo que pode ser estendido por mais 90 dias, mediante aprovação do tribunal, como ocorreu hoje.
O acordo entre a companhia norte-americana Bunge e a JBS, controladora da Seara, foi anunciado em dezembro passado e notificado ao Cade em janeiro. Segundo a JBS, o negócio custou R$ 700 milhões e envolve três fábricas: em São Paulo, Santa Catarina e Pernambuco.
A concretização da operação resultará na ampliação da capacidade produtiva da Seara no negócio de margarinas e permitirá a sua entrada no mercado de maioneses. Pelo acordo, a Seara vai adquirir diversas marcas, como Delícia, Primor e Gradina.
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