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Black Friday deve injetar mais de R$ 2 bi na economia de BH, estima CDL

Segundo a pesquisa, data representa esperança para empreendedores que foram afetados pela crise da COVID-19


05/11/2020 12:53 - atualizado 05/11/2020 13:39

Comércio
Pesquisa aponta ainda que 54,8% dos consumidores da capital pretendem comprar algum produto na data (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A. Press)
A Black Friday de 2020 deve movimentar R$ 2,02 bilhões na economia da capital, estima pesquisa realizada pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH). Ainda que a economia esteja desaquecida, a data é uma esperança para empreendedores que sofreram prejuízos por causa da pandemia.

Sempre realizada na última sexta-feira de novembro, neste ano a Black Friday será no dia 27. Segundo a pesquisa da CDL, 48,2% dos empresários já estão se programando para a data desde outubro. Apenas 8% não têm nenhum planejamento .

As principais estratégias a serem adotadas pelos lojistas nas datas serão concessão de descontos ou redução de preços (84,1%), divulgação de produtos (65,1%) e flexibilidade ou facilidade de pagamentos (49,2%). As redes sociais serão a principal ferramenta de comunicação com os clientes.

O empresário Gustavo Zicker, do ramo de banho e tosa, já costuma aproveitar a data há alguns anos. "Por ser um serviço, é diferente de quem vende produtos e enche as lojas, já que tenho um limite de clientes que posso atender. Então, costumo fazer ações mais a longo prazo", explica.

Neste ano, a estratégia será o 'black voucher' - o cliente paga R$ 85 em um voucher de R$ 100 para gastar à vontade, sem data de validade. "Foi uma estratégia que adotei no início da pandemia, quando a loja estava fechada, e que deu muito certo. As pessoas gostam e não fica restrita à Black Friday", completa. A divulgação está ocorrendo por meio das redes sociais. 

Altas expectativas


Na pesquisa com consumidores, 54,8% afirmaram que pretendem comprar na Black Friday - um aumento de 9,6% na comparação com 2019. Os clientes esperam um desconto médio de 42,3% nos produtos.

Entre as mercadorias mais desejadas para este ano, lideram os eletrodomésticos (59,7%), seguido das roupas (19,9%), dos cosméticos e perfumes (18,1%) e dos smartphones (15,4%). Por serem produtos de maior valor agregado , a CDL espera que o gasto médio de cada consumidor seja de R$ 1.275,37.

O advogado Guilherme Sodré pretende comprar uma gargantilha para presente e uma coleira para o cachorro. Além disso, ainda dará uma conferida no site de uma marcas de óculos. "Devo comprar tudo pela Internet e espero descontos de 40% a 50% para valer a pena. Já estou de olho nos preços para ver se realmente vão abaixar", comenta.

Assim como ele, a pesquisa aponta que a maioria dos consumidores pretendem comprar pela internet : 72% por sites, 11% por aplicativos de compras e 8,9% por redes sociais. As lojas de rua são uma das preferências de 46,3% dos entrevistados e, os shoppings, de 29,4%.


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