A
Black Friday
de 2020 deve movimentar R$ 2,02 bilhões na
economia
da capital, estima pesquisa realizada pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH). Ainda que a economia esteja desaquecida, a data é uma esperança para
empreendedores
que sofreram prejuízos por causa da pandemia.
Sempre realizada na última sexta-feira de novembro, neste ano a Black Friday será no dia 27. Segundo a pesquisa da CDL, 48,2% dos
empresários
já estão se programando para a data desde outubro. Apenas 8% não têm nenhum
planejamento
.
As principais
estratégias
a serem adotadas pelos lojistas nas datas serão concessão de descontos ou redução de preços (84,1%), divulgação de produtos (65,1%) e flexibilidade ou facilidade de pagamentos (49,2%). As redes sociais serão a principal ferramenta de
comunicação
com os clientes.
O empresário Gustavo Zicker, do ramo de banho e tosa, já costuma
aproveitar
a data há alguns anos. "Por ser um serviço, é diferente de quem vende produtos e enche as lojas, já que tenho um limite de clientes que posso atender. Então, costumo fazer
ações
mais a longo prazo", explica.
Neste ano, a estratégia será o 'black voucher' - o cliente paga R$ 85 em um voucher de R$ 100 para gastar à vontade, sem data de validade. "Foi uma
estratégia
que adotei no início da pandemia, quando a loja estava fechada, e que deu muito certo. As pessoas gostam e não fica
restrita
à Black Friday", completa. A divulgação está ocorrendo por meio das redes sociais.
Altas expectativas
Na pesquisa com consumidores, 54,8% afirmaram que pretendem comprar na Black Friday - um aumento de 9,6% na comparação com 2019. Os
clientes
esperam um desconto médio de 42,3% nos produtos.
Entre as mercadorias mais desejadas para este ano, lideram os
eletrodomésticos
(59,7%), seguido das roupas (19,9%), dos cosméticos e perfumes (18,1%) e dos smartphones (15,4%). Por serem produtos de maior valor
agregado
, a CDL espera que o gasto médio de cada
consumidor
seja de R$ 1.275,37.
O advogado Guilherme Sodré pretende comprar uma
gargantilha
para presente e uma coleira para o cachorro. Além disso, ainda dará uma conferida no site de uma marcas de óculos. "Devo comprar tudo pela Internet e espero
descontos
de 40% a 50% para valer a pena. Já estou de olho nos preços para ver se realmente vão abaixar", comenta.
Assim como ele, a pesquisa aponta que a maioria dos consumidores pretendem comprar pela
internet
: 72% por sites, 11% por aplicativos de compras e 8,9% por redes sociais. As lojas de rua são uma das preferências de 46,3% dos entrevistados e, os shoppings, de 29,4%.