De acordo com a projeção da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a Black Friday de 2020 deve movimentar R$ 3,74 bilhões e registrar o maior fluxo financeiro desde que a data foi incorporada ao calendário do varejo nacional, em 2010.
Caso a expectativa se confirme, o faturamento, com sexta-feira de promoções, apresentará um crescimento de 6% (1,8% em termos reais) em relação a Black Friday do ano passado.
A adesão dos principais ramos do varejo à data aconteceu de forma gradual, ao longo da última década. Em 2010, apenas os segmentos de móveis e eletrodomésticos, livrarias, papelarias, lojas de utilidades domésticas e eletroeletrônicos estavam envolvidos com a Black Friday.
Já no ano seguinte, a data contou com a participação de farmácias, perfumarias e lojas de cosméticos. Em 2012, foi a vez de hipermercados, lojas de informática e comunicação. Já o setor de vestuário e acessórios aderiu, de maneira significativa, a partir da edição de 2017.
Já no ano seguinte, a data contou com a participação de farmácias, perfumarias e lojas de cosméticos. Em 2012, foi a vez de hipermercados, lojas de informática e comunicação. Já o setor de vestuário e acessórios aderiu, de maneira significativa, a partir da edição de 2017.
O comércio automotivo, as lojas de materiais de construção e os estabelecimentos de vendas de combustíveis e lubrificantes seguem de fora e não registram variações significativas de faturamento ao longo do mês de novembro.
Apostas
Neste ano, o segmento de eletroeletrônicos e utilidades domésticas deverá ser o principal destaque, com previsão de movimentar R$ 1,022 bilhão. Em seguida, devem ser destaques os volumes de receitas gerados pelos ramos de hipermercados e supermercados (R$ 916,9 milhões) e de móveis e eletrodomésticos (R$ 853,4 milhões).
A facilidade de comparar os preços on-line, em uma data caracterizada pelo forte apelo às promoções, mostra a tendência de aumento expressivo deste evento no calendário do varejo, quando comparado aos demais, especialmente, nos espaços virtuais. Assim, a Black Friday já é a quinta data mais importante para o setor, ficando atrás do Natal, Dia das Mães, Dia das Crianças e Dia dos Pais.
De acordo com dados da Receita Federal, o volume de vendas no comércio eletrônico tem aumentado muito nos últimos meses. De março a setembro, o faturamento do e-commerce cresceu 45% em termos reais, quando comparado ao mesmo período do ano passado. A quantidade de pedidos no varejo eletrônico, medida por meio das notas fiscais eletrônicas, emitidas pelos estabelecimentos do e-commerce, mais que dobrou no mesmo período, com crescimento de 110%.
Mais do que em qualquer outra edição, a sexta-feira de promoções deve expor a diferença de desempenho entre as lojas físicas e as on-line. A CNC projeta avanço real de 61,4% nas vendas on-line, em relação à Black Friday de 2019. As lojas físicas, por sua vez, devem mostrar um avanço de apenas 1,1% em comparação a data do ano passado.
Ao longo dos últimos 40 dias encerrados em 15 de novembro, a CNC coletou diariamente mais de 2.000 preços de itens agrupados em 48 linhas de produtos, para avaliar o potencial de desconto efetivo durante o evento. Assim, um determinado produto que apresenta altas expressivas (superiores a 20%) no preço mínimo praticado, durante as semanas que antecedem a Black Friday, possui um baixo potencial de desconto efetivo no dia do evento promocional.
Os produtos com as maiores chances de descontos efetivos e suas respectivas variações de preços nos últimos 40 dias, pela ordem, são: consoles de videogame (queda de 19%); notebooks (-17%); games para computador pessoal (-14%); calças masculinas (-13%); e aspiradores de pó (-11%). Por outro lado, as chances de descontos efetivos em bicicletas (+22%) e colchões ( 21%), por exemplo, são mais reduzidas.
*Estagiária sob supervisão da editora-assistente Vera Schmitz