Em um ano de incertezas e lojas fechadas por muito tempo, as vendas de Natal são a esperança dos lojistas para amenizar os prejuízos de 2020. Uma pesquisa realizada pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) revela que a temporada deve injetar R$ 3,26 bilhões na economia da cidade. Em 2019, o montante ficou em R$ 3,32 bilhões. A pesquisa foi realizada entre 3 e 13 de novembro, com 284 lojistas da capital.
Os empresários entrevistados esperam que, em média, os consumidores comprem dois presentes, desembolsando um valor médio de R$ 102,92 em cada produto. “O Natal é a grande data do comércio. Sempre gera expectativa e movimentação. Este é um ano atípico, o consumidor ainda está receoso e o lojista tentando se recuperar das perdas do longo período de lojas fechadas. Mas, ainda assim, temos a esperança de que a data vai trazer bons negócios para o setor”, ressalta o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva.
Os presentes mais desejados, na visão dos lojistas são: vestuário (39,9%), acessórios, como bolsas e mochilas (13,8%), calçados (11,7%), utensílios domésticos e itens de decoração (7,8%) e cosméticos ou perfumes (7,1%).
O pagamento desses presentes será feito, preferencialmente, à vista no cartão de crédito (40,6%), parcelado no cartão de crédito (39,6%), cartão de débito (17,3%) e dinheiro (2,5%). “Observamos que o consumidor irá escolher, em média, até cinco prestações para quitar as compras da data”, pontua Marcelo.
Estratégias para aumentar as vendas
As mídias sociais surgem como a principal vitrine dos lojistas para divulgação dos produtos. O Instagram é a escolha de 76% dos comerciantes. O Whatsapp será utilizado por 46,6% e o Facebook por 43,1%. Já a boa e velha propaganda boca a boca ainda é eleita por 28,3% dos entrevistados. A comunicação off-line, ou seja, aquela feita fora dos meios digitais será utilizada por 16,6% dos comerciantes.
Além das mídias sociais, os lojistas vão investir no atendimento qualificado (80,6%), na divulgação de produtos (64,8%), na decoração da loja (40,8%), na flexibilidade de pagamento (31,7%) e promoção/liquidação (26,1%) para potencializar as vendas de Natal.
De acordo com os entrevistados, outros fatores que podem contribuir para o aquecimento do comércio na temporada são: liquidação/promoção, aumento do número de consumidores empregados, flexibilidade nas formas de pagamento, divulgação e adiantamento do 13° salário.
* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie.