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Estado de Minas BLACK FRIDAY

Belo Horizonte registra aglomerações em busca do desconto prometido

Consumidores fizeram fila e lotaram lojas para aproveitar liquidação. Houve queixas sobre preços sem redução, mas movimento deixou lojistas otimistas com o resultado


28/11/2020 04:00 - atualizado 28/11/2020 07:27

(foto: Jorge Lopes/EM/D.A Press)
(foto: Jorge Lopes/EM/D.A Press)
O apagão dos preços conhecido como o dia da Black Friday começou agitado no Centro de Belo Horizonte. Mesmo com as lojas abrindo somente às 10h, muitos clientes já formavam filas por volta das 8h. Em busca de promoção e melhores preços, teve até quem chegou antes do sol nascer, às 5h. Na Rua Carijós, no Centro de BH, o sucesso é com o comércio de eletrônicos e também perfumaria. Na Lojas Americanas, a fila já virava o quarteirão por volta das 9h e precisou de orientação do setor de fiscalização da prefeitura, que orientou os comerciantes a manterem o distanciamento entre eles para evitar aglomerações.

Marinalva Martins Soares, de 22 anos, foi uma das primeiras a chegar à loja, acompanhada da mãe e das duas irmãs. Elas estão à procura de uma fritadeira elétrica. “Nós chegamos às 5h20 e já tinha gente na fila, mas muitos foram embora”, conta. Segundo ela, já virou tradição familiar chegar cedo nesta data.

Depois de aberta, as Lojas Americanas lotaram de clientes que não paravam de entrar. Muitos encheram as cestas de chocolates mas não saíam com muitas sacolas. “Está muito fraca, não vi muita coisa na promoção”, reclama Patricia Oliveira, de 24, técnica de enfermagem, que queixa ainda da bagunça no passeio. “Teve aglomeração na fila porque não foi organizado da maneira correta, mas pelo menos lá dentro estava tranquilo”, disse.

Na porta da Lojas Rede, famosa no segmento de perfumaria e beleza, a fila também era extensa pela Rua Carijós. A cliente Sinaia Alves, de 40, chegou às 7h para garantir produtos baratos que podem prometer um alívio em pelo menos dois meses sem compras. “Tinta para cabelo, sabonete, shampoo. Vamos fazer a festa”, disse, animada. Ela conta que o segredo de não passar raiva na Black Friday é olhar os preços com antecedência.

No comércio do Centro de BH, clientes sem respeitar distanciamento e produtos sendo carregados foi cena comum ontem(foto: Jorge Lopes/EM/D.A Press)
No comércio do Centro de BH, clientes sem respeitar distanciamento e produtos sendo carregados foi cena comum ontem (foto: Jorge Lopes/EM/D.A Press)


No caso dos eletrodomésticos, a moda é a fritadeira elétrica. Mas, para a dona de casa Diana Amarante, de 65, a oferta não foi muito atrativa. “Que black friday é essa?”, ela indaga. “Está o mesmo preço de antes”, completa. A aposentada conseguiu fazer a compra no Magazine Luiza, na Rua Curitiba.

Vendas


A Black Friday mobilizou o comércio de Belo Horizonte ontem e muitos comerciantes e empresários esperam que a ação comercial, que vai até amanhã, alavanque as vendas e movimente os estoques, acumulados pela paralisação em decorrência da pandemia. O presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH), Marcelo Souza e Silva, diz que é cedo para se ter uma posição consolidada, mas acredita que os resultados da campanha em BH ficarão dentro das expectativas.

O dirigente relata que visitou vários centros comerciais da capital no decorrer do dia e observou que tanto o consumidor quanto o comerciante conseguiram se adaptar às imposições da pandemia. “Nós vimos um grande número de comerciantes distribuindo álcool em gel, medindo a temperatura e controlando o distanciamento nas filas. A nossa preocupação neste ano era com a COVID e com as vendas. E, nesse ponto, pelo que vimos até o momento, está dentro das nossas expectativas”, afirmou.

Pedro Rocha, gerente de Marketing do Via Shopping Barreiro, revela que o centro comercial espera um aumento de 20% nas vendas e afirma que o fluxo de pessoas sinaliza para confirmar a expectativa. Rocha ressalta que uma leitura positiva da Black Friday deste ano deve ser feita em comparação à de 2019, mas levando em consideração o quadro de pandemia e crise financeira que o país enfrenta. “Prevemos 4% a menos nas vendas em relação à Black Friday passada. Mas, ainda assim é um número interessante”, diz Rocha.

Na rede de supermecados Super Nosso, a ação promocional ocorre entre ontem e a e a administração já registra um aumento de 30% no ticket médio nas compras em relação ao ano passado, embora com uma movimentação nas lojas físicas aparentemente menor. Por meio de sua assessoria de imprensa, a rede destaca que prevê um crescimento de 250% no comércio eletrônico nesta Black Friday e que as transações desta sexta já apontam para a superação da meta. “Os resultados já têm sido muito positivos e temos observado que as lojas estão praticando preços muito atrativos.

* Estagiário sob supervisão do subeditor Marcílio de Moraes




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