Patriotic Millionaires (milionários patriotas, em português) é o nome da entidade que encabeçou nos Estados Unidos a elaboração da carta Milionários pela Humanidade. No documento, ricos da América do Norte, da Europa e da Oceania pedem para serem mais tributados, em uma tentativa de diminuir a desigualdade e para que os governos possam arcar com os gastos decorrentes da pandemia.
No Brasil, não há um movimento semelhante entre ricos, que têm preferido a filantropia - ainda que em patamar bastante inferior ao verificado nos EUA. Lá, doações são feitas também como forma de se evitar o imposto sobre herança, que chega a 40%, apesar de haver uma faixa de isenção alta. Para efeitos de comparação, no Brasil, a alíquota máxima desse tributo, que muda de Estado para Estado, é 8%.
Se os milionários brasileiros não estão pedindo mais impostos para si, entidades ligadas principalmente a servidores públicos fiscais têm reivindicado uma tributação mais pesada para os mais ricos. O Instituto Justiça Fiscal (IJF) e a Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital (Fenafisco) defendem imposto sobre fortunas superiores a R$ 10 milhões e alíquota de até 30% sobre heranças.
"Nossa ideia para combater os efeitos da crise é tributar os mais ricos. Já defendíamos isso antes da pandemia", diz a presidente do IJF, Maria Duarte.
Nos EUA, o Patriotic Millionaires foi criado em 2010 com uma pauta semelhante. Conheça, abaixo, três americanos milionários e "patriotas". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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