Uberaba, no Triângulo Mineiro, é a primeira cidade do Brasil com uma Parceria Público-Privada (PPP) de geração de energia fotovoltaica. O prefeito Paulo Piau assinou nesta quarta-feira (02/12) uma ordem de serviço para implantação da Consórcio Solares, que atenderá às repartições públicas municipais e prevê investimento estimado em R$ 60 milhões durante um ano.
Após a entrada em operação da planta de geração de energia solar, segundo informações da assessoria de imprensa da Prefeitura Municipal de Uberaba (PMU), a expectativa é economia de 24% nas despesas da prefeitura com energia elétrica. Além disso, a implantação de três usinas fotovoltaicas somará 15 megawatts de produção para o fornecimento de energia à administração municipal.
A expectativa é que o início de funcionamento da usina solar na cidade aconteça até no final de 2021 ou início de 2022, já que o contrato de concessão prevê um ano para implantação do empreendimento e 25 anos de operação.
Economia aos cofres públicos
“Hoje pagamos mais de R$ 2 milhões por mês para a Cemig. Com a PPP, pagaremos quase R$ 500 mil a menos para iluminação pública de praças e bombeamento de água”, assegurou o prefeito de Uberaba.
Ainda segundo Paulo Piau, a assinatura da ordem de serviço é resultado de um trabalho iniciado em 2013, junto com a Fundação Getúlio Vargas (FGV). “Em 2013, praticamente ninguém falava de parceria público-privada no Brasil e Uberaba acreditou. É um processo muito difícil, pioneiro. No caso da iluminação pública não fomos à primeira, foi Belo Horizonte, mas na geração de energia fotovoltaica, Uberaba é a primeira do Brasil”, relatou o prefeito.
“Outra vantagem é que quando o processo estiver gerando e vendendo energia, 10% da receita operacional virá para prefeitura, ou seja, a prefeitura vai ser sócia, recebendo 10%, sem gastar um centavo”, complementou Piau.
Chester Silva, representante do Consórcio Solares, destacou que o momento é um marco para a cidade. “Estamos muito felizes pela oportunidade de transformar Uberaba em uma referência no uso da energia renovável”, ressaltou.
A concessão, segundo a assessoria de imprensa da PMU, será pelo período de 26 anos incluída um ano para implantação do empreendimento e 25 anos de operação. Passando esse prazo, usinas solares fotovoltaicas passam a ser de propriedade do Município, como prevê o edital de licitação.