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Estado de Minas PESQUISA

Carne e batata de vilões: custo da cesta básica segue batendo recorde em BH

Batata inglesa, tomate e carne foram os produtos que apresentaram maior alta de preços


04/12/2020 09:31 - atualizado 04/12/2020 10:11

A carne de boi foi um dos produtos da cesta básica que apresentou maior alta em BH(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
A carne de boi foi um dos produtos da cesta básica que apresentou maior alta em BH (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)

O custo da cesta básica chegou a R$553,24 em Belo Horizonte. Os preços tiveram alta de 6,23% entre outubro e novembro de 2020, de acordo com levantamento da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead), da Universidade Federal de Minas Gerais.

A alta da cesta acumulada nos últimos 12 meses é de 33,53%, aproximadamente sete vezes maior do que a inflação.

No mês passado, a cesta básica ultrapassou pela primeira vez a barreira dos R$500, chegando a R$ 520,79, maior valor já registrado até então.

Alguns produtos apresentaram queda nos preços com relação ao mês de outubro, como o feijão carioquinha (-3,5%), leite pasteurizado (-3,26%), manteiga (-1,87%), banana caturra (0,94%) e farinha de trigo (3,33%).


Entretanto, essas reduções não conseguiram compensar a grande alta de outros itens da cesta. A batata inglesa foi o produto que apresentou maior alta, de 42,78%, chegando a R$4,62 o quilo.

Também subiram tomate santa cruz (36,67%), o óleo de soja (11,71%), o arroz (9,55%), a chã de dentro (4,34%), o açúcar cristal (4,21%), o café (1,39%) e o pão francês (1,17%).

O custo da cesta básica, definida pelo Decreto-Lei 399/38, representa os gastos de um trabalhador adulto com a alimentação.

Custo de vida

O custo de vida em Belo Horizonte, medido pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e pelo Índice de Preços ao Consumidor Restrito (IPCR), avançou em relação ao mês de outubro, apresentando um aumento de 0,61% no mês de novembro.

 

O IPCA mede a evolução dos gastos das famílias com renda de 1 a 40 salários mínimos. Já o IPCR, compreende famílias com renda de 1 a 5 salários mínimos.

 

O resultado foi obtido a partir da pesquisa de preços dos produtos e serviços que são agrupados em 11 itens agregados. As maiores altas foram dos alimentos in natura (6,88%), vestuário e complementos (3,63%), artigos de residência (1,67%), alimentação em restaurante (de 1,62%) e alimentos elaboração primária (1,49%).

 

Nenhum dos grupos de produtos e serviços analisados apresentou queda nos preços.

 

A inflação acumulada nos últimos 12 meses foi de 4,86%, acima da meta de 4% definida pelo Conselho Monetário Nacional para 2020. Nesse mesmo período, o grupo Alimentação na residência apresenta alta acumulada de 19,17%, bem acima da inflação.


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