Em boletim mensal divulgado nesta terça-feira, 8, a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) informou que o volume em emissões no mercado de capitais atingiu R$ 25,8 bilhões em novembro, uma redução de 34,9% em comparação com os dados de outubro.
Segundo a Anbima, os principais instrumentos de captação, debêntures e ações, apresentaram quedas nas suas emissões, refletindo em alguma medida um ambiente de incerteza do cenário econômico. O número de operações também foi menor, de 164 em outubro para 90 em novembro.
No ano, o volume emitido atingiu o montante de R$ 305 bilhões, 19,8% abaixo do que foi registrado no mesmo período do ano passado. As ofertas registradas que estão em andamento e em análise recebem volumes esperados até o momento de R$ 11,4 bilhões e R$ 6,4 bilhões, respectivamente.
Empresas captação
A Anbima informou que as ofertas de renda variável (ações) captaram R$ 6,7 bilhões em novembro.
Desse montante, as ofertas subsequentes (follow-ons) totalizaram R$ 598 milhões, contra R$ 13,3 bilhões do mês anterior. As ofertas iniciais captaram R$ 6,1 bilhões, ante R$ 10 bilhões neste mesmo período de comparação.
Debêntures
A Anbima informou que o volume emitido em títulos de dívida corporativa (debêntures) ficou em R$ 8,7 bilhões em novembro, 15,4% abaixo do resultado obtido em outubro.
Segundo a Anbima, no ano de 2020, a captação via debêntures no mercado de capitais acumula montante de R$ 93,5 bilhões. Em igual período de 2019, foram captados R$ 166,8 bilhões.
Os intermediários e participantes ligados à oferta detiveram a maior parte das debêntures distribuídas no ano, com 69,6% do volume, enquanto a parcela dos fundos de investimento foi de 17,6% no mesmo período.
A maior parte das destinações dos recursos continua destinada a capital de giro (36,7%) e refinanciamento de passivo (31,2%), incluindo recompra ou resgate de debêntures de emissão anterior.
Bonds
No boletim mensal, a Anbima informou o registro de 4 operações de bônus (bonds) de empresas brasileiras no exterior em novembro, que captaram US$ 1,35 bilhão em recursos.
Pelos dados da Anbima, Suzano (US$ 500 milhões) e B2W (US$ 500 milhões) trouxeram mais recursos via emissão de bônus, seguidos pelas ofertas de CSN (US$ 300 milhões) e BTG Pactual (US$ 50 milhões).
No acumulado do ano até o final de novembro, o total emitido foi de US$ 24,8 bilhões, no qual mais de 90% corresponde a emissões de bônus de renda fixa.
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