Puxado pelos supermercados e pelas lojas de materiais para construção e sustentado pelo auxílio emergencial, o varejo paulista vai terminar o ano com alta de 2% no seu faturamento real em comparação a 2019, segundo Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista (PCCV), que utiliza dados da receita mensal informados pelas empresas varejistas ao governo paulista, da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
De acordo com a entidade, o setor perderia 3% do seu faturamento se o auxílio emergencial não fosse pago em meio à pandemia. Em números absolutos, será um aumento de R$ 12 bilhões no orçamento final de 2020 em relação ao ano anterior, "um resultado menos destrutivo do que o esperado em meio à crise do coronavírus", avalia.
A entidade ressalta também o desempenho assimétrico de setores do varejo. O melhor registro foi para as lojas de materiais de construção (alta de 15%), e o pior, para lojas de vestuário, tecidos e calçados (queda de 25%), uma diferença de 40 pontos percentuais. A Fecomércio destaca que em 2019, essa diferença foi de apenas 8 pontos porcentuais.
De acordo com a Fecomércio, depois dos lojistas do setor de construção, as atividades que mais vão crescer no ano serão supermercados (14%) e farmácias e perfumarias (9%). Por outro lado, além das lojas de vestuário, as concessionárias de veículos também vão acabar 2020 com um tombo de 19% em comparação ao ano passado.
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