A Federação Única dos Petroleiros (FUP) indicou aos seus sindicatos que aprovem a proposta da Petrobras sobre o pagamento da Participação de Lucros e Resultados (PLR), depois da estatal ter cedido em alguns pontos e se comprometido a continuar negociando outros. As assembleias vão ocorrer até o dia 23 de dezembro.
Segundo a entidade, a estatal aceitou manter o acordo do PLR pelo prazo de dois anos (2021-2022); conceder duas remunerações para salários abaixo de R$ 5 mil, mantendo porém uma remuneração para os demais; retomar a antecipação do PLR para o início do ano vigente; e reduzir o peso do indicador financeiro e mudar o indicador de venda de óleo e derivados para o de reutilização de água.
Também foi alterada a redação da cláusula de penalidades, deixando mais claro o conceito de conflito de interesses, informou a FUP. A Petrobras se comprometeu ainda a tratar, junto à Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest), sobre a exigência de lucro líquido para pagamento do PLR. A Fup argumenta que a Petrobras anunciou pagamento de dividendos aos seus acionistas, mesmo quando não registra lucro, e quer o mesmo tratamento para os empregados.
Ficou acertado ainda, que a Petrobras vai prosseguir conversas com a Sest para poder incluir a PBio na distribuição do PLR, mesmo com prejuízos acumulados.
A Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), que reúne outros sindicatos, decide na tarde desta segunda-feira, 14, se acompanha a FUP ou vai tentar mais avanços na proposta com a estatal.
"A nova proposta da empresa não avança no essencial, segue privilegiando os indicadores financeiros, negando o pagamento em caso de prejuízo contábil (participação nos resultados) e insistindo na separação das subsidiárias do Sistema Petrobras", afirmou a FNP em nota.
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