O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a dizer que a recuperação da economia brasileira segue em forma de "V" após o pior momento da crise decorrente da pandemia de covid-19. "A recuperação da atividade econômica está ocorrendo na forma de V. É bastante vigorosa. Vamos terminar ano com zero perda de empregos no mercado formal. Chegaremos ao fim do ano com todos os 33 milhões de empregos formais com que começamos o ano", repetiu, no evento de lançamento do Relatório Econômico de 2020 da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) sobre o Brasil.
Guedes voltou a dizer que o governo está retirando gradualmente o auxílio emergencial com a redução pela metade do valor dos pagamentos de setembro a dezembro. "A partir de 31 de dezembro, retornaremos aos programas sociais já existentes", assegurou.
O ministro voltou a prometer a retomada do programa de privatizações e desestatizações do governo federal em 2021.
Ele elencou medidas que têm sido debatidas e aprovadas mesmo durante a pandemia, como a modernização de marcos regulatórios de diversos setores de infraestrutura - saneamento, gás natural, energia elétrica, petróleo. "O Brasil será em 2021 a maior fronteira de investimentos do mundo. Somente a nova lei de saneamento pode atrair R$ 700 bilhões em investimentos privados", completou.
Relatório alinhado
O ministro da Economia avaliou o Relatório Econômico de 2020 da Organização para a OCDE sobre o Brasil estar alinhado com as ações do governo para a aprovação de reformas e a retomada da economia após a pandemia de covid-19. "Tenho acompanhado nos últimos dois anos a luta da OCDE por um crescimento sustentável e inclusivo. A OCDE fez um diagnóstico que destaca a necessidade de avançar nas reformas econômicas e financeiras como um caminho para a modernização do País. As reformas para a consolidação fiscal e melhorar ambiente de negócios estão no centro da programação econômica do nosso governo", afirmou.
Guedes lembrou que o cenário fiscal se tornou desafiador neste ano, devido ao esforço para enfrentar a pandemia, citando as medias emergenciais adotadas ao longo de 2020. "Mas seguimos comprometidos com o teto de despesas como âncora de sustentabilidade fiscal", enfatizou. "Não vamos deixar que medidas temporárias se tornem permanentes. Temos que transformar esse impulso fiscal baseado em consumo em uma retomada da economia baseada em investimentos", completou.
O ministro voltou a dizer que o no passado o Brasil fazia "freio monetário", tentando conter inflação, mas com descontrole de gastos públicos. Segundo ele, o atual governo teria corrigido a sobrevalorização do real. Mais uma vez, o ministro reclamou que a tributação sobre os salários segue sendo o "mais cruel dos impostos brasileiros".
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