As vendas de Natal nos shoppings centers da Região Metropolitana de Belo Horizonte caíram 26,16% em relação à data de 2019. É o quemostra pesquisa feita pela Associação dos Lojistas de Shopping Centers de Minas Gerais (Aloshopping)
Houve queda substancial nas vendas no primeiro e segundo semestre de 2020. Mas, ainda segundo a pesquisa, ocorreu uma melhora pontual na Black Friday, quando os consumidores foram às compras para aproveitar as promoções.
O estudo ressalta, porém, que a pandemia não é o único motivo para diminuição do consumo da população. Apontam também como causas da queda neste ano o parcelamento dos salários do funcionalismo público estadual, que ainda estão sem receber o 13° salário integral, e a demora na recuperação sustentável do comércio desde a recessão de 2014 a 2017.
Para os empresários, a falta de planejamento por parte do governo federal para a vacinação em massa da população e, por consequência, o novo aumento de infectados por COVID-19, prejudicam as vendas atuais e a projeção de crescimento para o ano seguinte, afetando principalmente o segmento de vestuário (pela falta de eventos em geral, como formaturas, festas e etc).
Pessimismo
Mesmo com a criação de lojas virtuais, que já representam 20% das vendas totais, 45% dos lojistas entrevistados permanecem pessimistas com relação às vendas do ano de 2021.
Isso se deve à continuidade da pandemia, que pode perdurar até que a população seja vacinada, e o reajuste dos preços das mercadorias, aplicados pelos fornecedores, que seguem bem acima da inflação.
Entre os empresários ouvidos, 48,5% não estão nem otimistas nem pessimistas em relação às vendas do próximo ano. Ao mesmo tempo, 45,7% estão com grau baixo ou muito baixo de confiança com relação às vendas em 2021. Apenas 5,9% estão com grau de confiança alto ou muito alto para o novo ano.
Isso se deve à continuidade da pandemia, que pode perdurar até que a população seja vacinada, e o reajuste dos preços das mercadorias, aplicados pelos fornecedores, que seguem bem acima da inflação.
Diante desse cenário, outro dado coletado pela associação é que as mercadorias compradas neste Natal foram de menor valor agregado em relação ao ano anterior. Entre os lojistas ouvidos, 67% responderam que o valor médio das compras caiu enquanto 33% disseram que subiu.
Os empresários entrevistados pela Aloshopping avaliam ainda que o crescimento do desemprego, que deve aumentar no primeiro trimestre de 2021, e o fim do auxílio emergencial devem impactar negativamente as vendas do ano que vem.
A pesquisa ouviu 103 empresas situadas em shopping centers da Grande BH, que representam 515 lojas físicas.
Foram ouvidos lojistas dos seguintes segmentos: vestuário masculino, feminino e infantil; livraria e papelaria; óticas; joias e semijoias; perfumaria e cosméticos; artigos esportivos; eletrodomésticos e eletroeletrônico; calçados bolsas e acessórios; brinquedos e games; cama, mesa e banho; móveis, colchões e decoração; limentação e cafés; variedades; e serviços.