A queda na taxa de desemprego da zona do euro em novembro aponta para a surpreendente resiliência do mercado de trabalho em meio à recente onda de casos de coronavírus na Europa, destaca o ING, em relatório enviado a clientes. O banco, no entanto, acredita que essa tendência não é sustentável, uma vez que é fruto dos efeitos de medidas fiscais temporárias.
Segundo a análise da instituição, esses programas fiscais podem apenas ter adiado o desemprego. "As falências são um fator muito incerto para este ano, mas devem aumentar, o que impulsionará o desemprego. O fim dos esquemas de trabalho de curta duração e o impacto negativo da segunda onda provavelmente farão o mesmo", explica.
O ING acrescenta que a melhora do indicador também é possibilitada pelo fato de que muitos trabalhadores simplesmente desistiram de buscar emprego. "Portanto, embora a evolução do desemprego seja muito encorajadora até novembro, é provável que aumente novamente este ano", prevê.
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