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Estado de Minas COVID-19

Com comércio de BH fechado, empresários focam em vendas nas redes sociais

A internet tem sido a saída também para estabelecimentos de médio porte e redes de lojas


13/01/2021 06:00 - atualizado 13/01/2021 09:44

Cartazes improvisados em loja do bairro do Betânia convidam consumidores a fazer compras pela internet: saída imediata para minimizar perdas(foto: Humberto Martins/EM/DA Press)
Cartazes improvisados em loja do bairro do Betânia convidam consumidores a fazer compras pela internet: saída imediata para minimizar perdas (foto: Humberto Martins/EM/DA Press)


Comércio on-line, limpeza de lojas, reclamações, ‘furos’ ao fechamento, fiscalização e interdições. Assim foi, em Belo Horizonte, o segundo dia útil após a entrada em vigor do Decreto Municipal 17.532, publicado no dia 7, que determinou a suspensão das atividades econômicas não essenciais na capital na versão presencial. O fechamento do comércio visa à contenção do avanço da COVID-19 na cidade. Depois das manifestações de segunda-feira, um grupo de empresários se reuniu na tarde de ontem com representantes da prefeitura para pedir a revisão da medida, mesmo com discussão de novos protocolos sanitários. O assunto será levado ao comitê da administração municipal que define os passos do enfrentamento à pandemia, com base em indicadores que ainda não se encontram no estágio definido como referência para a reabertura.

Apesar de empresários classificarem a medida como um novo baque, a realidade vista nas ruas é de comerciantes mais “calejados” pela experiência da primeira proibição, ocorrida em março do ano passado. O principal aprendizado é que as empresas devem ter presença marcante nas redes sociais e disponibilizar serviço de entrega para seguir em atividade. Na medida do possível.

Bem rapidamente, os anúncios de entrega em domicílio se proliferaram pela cidade. Mesmo que de maneira improvisada, com papéis afixados nas portas das lojas, pequenos empresários tentam ser vistos pelos clientes. Na Rua Úrsula Paulino, principal ponto de concentração do comércio no bairro Betânia, essa foi a forma que alguns lojistas utilizaram para divulgar números de telefone para contato pelo whatsApp e perfis nas redes sociais.

A internet tem sido a saída também para estabelecimentos de médio porte e redes de lojas. Pelas redes sociais ou por sites, o cliente vê fotos dos produtos, negocia preços e pode receber fazer o pagamento e receber a compra em casa. Até aí, nada de novo para quem vive em 2021. Entretanto, para empresas que não têm familiaridade com o comércio digital, nem contam com toda a logística e recursos dos gigantes do ramo, as dificuldades ainda se apresentam.

Em meio a prateleiras, tênis e sandálias, Gisele Soares, gerente de uma das unidades da rede Itapuã, atendeu à reportagem do Estado de Minas. Ela conta que, mesmo com todo o esforço e tentativa de dar comodidade ao cliente, os resultados do atendimento virtual não se comparam ao trabalho “normal”, com as portas abertas. Mas não desiste. “Estamos tentando nos virar com as vendas on-line, que foi o único recurso que sobrou. Não funciona tanto, porque as pessoas têm alguma resistência. Principalmente quando se trata de calçado. A pessoa quer experimentar, colocar no pé, ver o produto. Não é a mesma coisa de estar com a porta aberta”, lamenta. Para não depender só da internet, as estratégias se ampliam. Além do perfil no Instagram e do WhatsApp, o cliente pode também entrar em contato pelo telefone fixo. A loja providencia a entrega do produto por meio de um motoboy, que vai à residência do cliente e também fica responsável por receber o pagamento.

Mesmo as grandes empresas, que contam com melhor estrutura de venda on-line sofreram o impacto da paralisação das atividades. A varejista Casa e Vídeo inaugurou várias lojas em Belo Horizonte no fim de 2020, mas teve que paralisar as vendas presenciais. Como o lucro das negociações feitas pelo site vão para o setor virtual da empresa, o faturamento das unidades físicas fica zerado.

“Inauguramos a loja em 28 de novembro. Trabalhamos só o mês de dezembro. Janeiro é mais fraco e está naquele primeiro trimestre em que a gente trabalha só para pagar impostos. Estamos aqui na loja hoje só para receber o pagamento das faturas do cartão da loja pelos clientes, para que eles não paguem juros. Se eu mandar todo mundo para a lotérica, prejudico muito mais o comércio”, explica Charles Gonçalves, gerente da loja.

Fiscalização


Ontem (12/1), fiscais da PBH interditaram vários estabelecimentos por descumprimento ao decreto que determinou o fechamento do comércio. Só na Rua Úrsula Paulino, no Betânia, foram três interdições. “Num primeiro momento, na segunda-feira, fizemos ações mais informativas, para que as pessoas entendam a gravidade da pandemia. Hoje, alguns descumpriram o decreto e fizemos a interdição de lojas de roupas e calçados”, explica Rodrigo Rodrigues, fiscal de controle ambiental e atividades em vias urbanas.

Ele completa: “Alguns alegam que estão limpando a loja, organizando o estoque. Eles podem fazer isso, desde que seja lá dentro, com as portas fechadas. A ideia é barrar a circulação do vírus. Para isso, precisamos impedir o entra e sai”.

Os fiscais atuam sempre acompanhados de membros da Guarda Municipal ou da Polícia Militar. Segundo um dos agentes, para dar segurança tanto à equipe de fiscalização quanto aos cidadãos fiscalizados. Mesmo com os fiscais rondando a região, alguns lojistas, principalmente os pequenos, se arriscavam realizando vendas com os estabelecimentos a meia-porta. Uma dessas comerciantes fez de duas clientes seus olhos do lado de fora da loja. Avisada pelas compradoras, a lojista baixou as portas no momento em que os fiscais passavam em frente ao estabelecimento. “Já passou, pode abrir”, disseram as clientes.

O que é o coronavírus


Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
Vídeo: Por que você não deve espalhar tudo que recebe no Whatsapp

Como a COVID-19 é transmitida? 

A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

Vídeo: Pessoas sem sintomas transmitem o coronavírus?


Como se prevenir?

A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.
Vídeo: Flexibilização do isolamento não é 'liberou geral'; saiba por quê

Quais os sintomas do coronavírus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas gástricos
  • Diarreia

Em casos graves, as vítimas apresentam:

  • Pneumonia
  • Síndrome respiratória aguda severa
  • Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus. 

Vídeo explica por que você deve 'aprender a tossir'


Mitos e verdades sobre o vírus

Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.

Coronavírus e atividades ao ar livre: vídeo mostra o que diz a ciência

Para saber mais sobre o coronavírus, leia também:

 



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