A rede de lojas Zara, do grupo espanhol Inditex, passa por uma reorganização mundial baseada em foco maior nas vendas digitais e que envolve também o encerramento de lojas de menor porte. O plano da empresa foi traçado em 2020 e, no Brasil, começou ainda no ano passado, com o fechamento de lojas nas cidades de Joinville (SC) e São José dos Campos (SP), segundo apurou o Estadão/Broadcast.
Neste ano, haverá fechamentos em mais cinco cidades: Vila Velha (ES), Uberlândia, São Bernardo (SP), Campo Grande (MS) e Goiânia. A previsão, segundo fonte próxima ao assunto, é de que a rede fique com 49 lojas no País, das 56 existentes, antes da execução do plano.
Em todo o mundo, a Inditex tinha cerca de 7,4 mil lojas antes da pandemia, número que deve ficar entre 6,7 mil e 6,9 mil depois da reestruturação.
Os critérios para escolha das lojas que saem do portfólio da empresa são tamanho e localização. A estratégia é manter grandes lojas, com potencial para alavancar a estratégia online da companhia. Para atingir essa meta, esses estabelecimentos deverão passar por uma modernização.
Já as lojas menores, consideradas satélites e localizadas em cidades com menor fluxo de clientes, perdem relevância nesse novo posicionamento.
A Inditex, grupo varejista dono das marcas Zara, Bershka, Pull & Bear e Massimo Dutti, anunciou em junho do ano passado o fechamento de 1,2 mil lojas em todo o mundo, enxugamento que será compensado pela abertura de 500 unidades.
As vendas do grupo caíram 44% no primeiro trimestre fiscal de 2020, em relação ao ano anterior, em razão da pandemia de covid-19, segundo o jornal inglês The Guardian. De fevereiro a abril de 2020, a Zara registrou um prejuízo de € 443 milhões.