Um modelo que vigorava antes da gestão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) deve ser retomado logo após a eleição para as Mesas Diretoras do Congresso. De acordo com o jornal O Globo, o Governo avalia dissolver o Ministério da Economia, que hoje concentra atribuições anteriormente espalhadas em outras pastas.
Dessa forma, o ministro Paulo Guedes teria seus poderes substancialmente esvaziados. Atualmente, ele atua em uma espécie de ''superministério'', que reúne Fazenda, Indústria e Comércio, Planejamento e Trabalho. A decisão contraria uma das principais promessas de campanha de Bolsonaro: reduzir o número de ministérios.
Ainda segundo a publicação, seria recriado o Ministério da Indústria e Comércio. O nome preferido para ocupá-lo seria o do deputado federal Marcos Pereira (SP), presidente do Republicanos, que já esteve nesta posição durante o governo de Michel Temer.
Alinhado ao Governo, ele tentou viabilizar, em vão, sua candidatura à presidência da Câmara, mas declarou apoio ao preferido de Bolsonaro ao posto, Arthur Lira (PP-AL).
No Palácio do Planalto, a indicação de Pereira, em caso de recriação da pasta, é bem vista. Após a Ford anunciar o fechamento das fábricas no país, o parlamentar disse nas redes sociais que representantes da indústria costumam recorrer a ele, na Câmara, porque ''não encontram respaldo no que deveria ser 'a casa da indústria' no governo''. Ao O Globo, ele nega que tenha a pretensão de voltar ao cargo.
Integrantes do centrão defendem ainda que o desmembramento da Economia inclua a volta do Ministério do Planejamento. Aliados do governo já defenderam anteriormente a reestruturação da ásta, mas a tentativa não foi levada adiante.