A expansão do crédito imobiliário em 2020 foi puxada, principalmente, pela liberação de financiamentos para a pessoa física fazer a compra de moradias. O crédito para aquisição de imóveis subiu 60% em 2020 ante 2019, para R$ 93,9 bilhões. O montante foi o maior já registrado pelo setor. Deste total, R$ 66,5 bilhões foram para a compra de residências usadas, enquanto R$ 27,5 bilhões para novas unidades.
Já os empréstimos destinados à empresas, para a construção de empreendimentos, cresceram 50% no mesmo período e totalizaram R$ 30,1 bilhões. Esse valor, entretanto, não foi um recorde para o setor, que atingiu o pico em 2011 (R$ 35,2 bilhões) e 2013 (R$ 32,2 bilhões), anos que são lembrados como "boom" da construção.
Os dados foram divulgados nesta quarta-feira, durante entrevista coletiva de imprensa organizada pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).
Ao todo, os financiamentos para a compra e a construção de imóveis em 2020 somaram R$ 123,97 bilhões em 2020, crescimento de 57,5% na comparação com 2019. O resultado foi o maior da história, superando o montante de R$ 112,9 bilhões visto em 2014.
Estes números consideram apenas os financiamentos com recursos originados nas cadernetas de poupança.
ECONOMIA