A agência de classificação de risco S&P; Global Ratings acredita que a forte geração de caixa e o balanço patrimonial da Vale poderão cobrir os custos sociais e econômicos totais decorrentes do acordo de R$ 37,7 bilhões (cerca de US$7 bilhões) que a empresa fechou nesta quinta-feira, 4, por conta do rompimento da barragem de Brumadinho em 2019. A classificação da companhia (BBB-/Estável/ e brAAA/Estável/) foi mantida.
A S&P; acrescentará aproximadamente R$ 15 bilhões (US$ 2,8 bilhões) à dívida ajustada da Vale em seu modelo.
Com os preços do minério de ferro acima de US$ 150 por tonelada, entretanto, a agência de rating acredita que "a dívida sobre Ebitda da Vale permanecerá confortavelmente abaixo de 1,5 vez, com uma forte posição de caixa e perfil de amortização de dívidas suave". Sua estimativa é que a Vale provavelmente desembolsará R$ 15 bilhões nos próximos cinco anos.
"Em nossa visão, o acordo ameniza as incertezas sobre a estrutura de capital da Vale e o total de multas e passivos decorrentes do acidente", diz a S&P; em comunicado.
A agência de rating, entretanto, frisa que a Vale ainda está sujeita a incertezas.
Uma delas sobre a retomada das operações suspensas e a recuperação dos volumes de minério de ferro.
A outra, a exposição a discussões de ação coletiva, "cujos custos não são claros, mas não devem ser significativos o suficiente para fazer com que as métricas de alavancagem se desviem de nossas expectativas de caso-base".
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