Auxiliar de logística, trabalhador da cultura de cana-de-açúcar, estoquista, alimentador da linha de produção e atendente de lojas e mercados. Apesar da crise econômica em virtude da pandemia do coronavírus no Brasil, algumas ocupações tiveram ganhos de postos de trabalho no ano passado.
Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) apontam que o mercado formal de trabalho no Brasil fechou 2020 com um saldo positivo de 142,7 mil vagas de emprego com carteira assinada, um crescimento de 0,4% em relação a 2019.
Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) apontam que o mercado formal de trabalho no Brasil fechou 2020 com um saldo positivo de 142,7 mil vagas de emprego com carteira assinada, um crescimento de 0,4% em relação a 2019.
Segundo relatório divulgado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), com base no Caged, com a quarentena, profissões como auxiliares de logística (crescimento de 28,1% ou 19.276 vagas), estoquistas (19,1% ou 12.304 vagas) e embaladores de produtos (12,7% ou 23.677 vagas) apresentaram taxas de crescimento de dois dígitos – bem acima, portanto, da variação média do emprego formal.
Outros dois setores se destacaram no ano passado: a agricultura – único grande setor da economia a crescer em 2020 – e a construção civil, impulsionada pelo aumento na demanda de unidades habitacionais ao longo do ano passado, também se destacaram entre as 20 principais ocupações no ano passado com avanços expressivos em ocupações, como nos casos de trabalhadores na cultura de cana-de-açúcar (avanço de 24,4%), trabalhadores no cultivo de árvores frutíferas (10%), montador de estruturas metálicas (11,5%) e servente de obras (+10,2%).
O retorno gradual das atividades com apontou que erciais a partir do segundo semestre também abriu oportunidades para atendentes de lojas e mercados (avanço de 13%), armazenistas (11,9%), repositores de mercadorias (8,0%) e vendedores em domicílio (7,5%).
Porém, de acordo com o relatório, a queda no consumo presencial, no entanto, provocou uma redução de 4% na ocupação de vendedores – segunda profissão mais demandada na totalidade do mercado de trabalho formal.
No setor de prestação de serviços, o levantamento também apontou crescimento em algumas ocupações, como ajudantes de motoristas (11,1%), operadores de telemarketing receptivo (10,4%) e operadores de telemarketing ativo e receptivo (9,3) e carregadores de veículos de transportes terrestres (8,5%).
Atividades em queda
Por outro lado, outras atividades perderam impulso no ano passado, sobretudo pelo isolamento social adotado pelos municípios e estados, ainda em que em etapas distintas. O relatório da CNC aponta que o turismo foi o que mais foi impactado negativamente pela pandemia, com queda estimada de 37% no ano passado.
Ocupações ligadas ao atendimento presencial da população foram as mais prejudicadas em 2020. Na área de transporte, cobradores (-11,3%) e motoristas de coletivos (-7,1%) perderam representatividade no emprego formal, no ano passado.
Entretanto, no ranking das profissões, os profissionais da área de educação figuram entre os mais afetados - foram 72,2 mil perdas em todo o ano passado, uma queda de 4% em relação a 2019. Das vinte ocupações com maiores retrações, metade é composta por profissionais ligados ao setor de ensino, especialmente professores de ensino superior na prática do ensino (-6,4%), auxiliares de desenvolvimento infantil (-6,1%) e professores de ensino na área de didática (-5,1%).
As áreas de alojamento e serviços de alimentação (-13,5%), apresentam quedas, também como a área de Arte, Cultura e Esporte (-10,1%).
OCUPAÇÕES QUE MAIS ABRIRAM VAGAS FORMAIS EM 2020 – TOP 20
1 Auxiliar de Logística 28,1%
2 Trabalhador da Cultura de Cana-de-açúcar 24,4%
3 Estoquista 19,1%
4 Alimentador de Linha de Produção 18,3%
5 Promotor de Vendas Especializado 16,2%
6 Atendente de Lojas e Mercados 13,0%
8 Embalador 12,7%
9 Armazenista 11,9%
10 Montador de Estruturas Metálicas 11,5%
11 Ajudante de Motorista 11,1%
12 Carregador (Armazém) 11,1%
14 Operador de Telemarketing Receptivo 10,4%
15 Servente de Obras 10,2%
16 Trabalhador no Cultivo de Arvores Frutíferas 10,0%
18 Operador de Telemarketing Ativo e Receptivo 9,3%
19 Montador de Moveis e Artefatos de Madeira 8,7%
20 Carregador de Veiculos de Transportes Terrestres 8,5%
OCUPAÇÕES COM MAIORES PERDAS DE POSTOS FORMAIS EM 2020 – TOP 20
1 Cobrador de Transportes Coletivos (Exceto Trem) -11,3%
2 Tratorista Agrícola -7,6%
3 Motorista de Ônibus Urbano -7,1%
4 Professor de Ensino Superior na Área de Pratica de Ensino -6,4%
5 Auxiliar de Desenvolvimento Infantil -6,1%
6 Professor de Ensino Superior na Área de Didática -5,1%
7 Operador de Maquinas de Beneficiamento de Produtos Agrícolas -4,7%
8 Professor de Nível Superior na Educação Infantil (Zero a Três Anos) -4,4%
9 Gerente de Contas - Pessoa Física e Jurídica -3,6%
10 Professor de Nível Superior na Educação Infantil (Quatro a Seis Anos) -3,2%
11 Coordenador Pedagógico -3,1%
12 Trabalhador Volante da Agricultura -2,3%
13 Escriturário de Banco -2,1%
14 Professor de Nível Médio na Educação Infantil -2,0%
15 Professor de Ciências Exatas e Naturais do Ensino Fundamental -1,6%
16 Professor de N. Superior do Ensino Fundam. (Primeira a Quarta Serie) -1,6%
17 Caixa de Banco -1,3%
18 Professor da Educação Fundamental (Primeira a Quarta Serie) -1,2%
19 Cozinheiro Geral -1,2%
20 Recreador -1,2%
Fonte: Caged