A gasolina em Belo Horizonte já ultrapassa os R$ 5. O preço de 5,099 já é praticado em um posto da Avenida Nossa Senhora do Carmo, na Região Centro-Sul, conforme captou a reportagem do Estado de Minas. O valor médio na capital mineira está em R$ 4,864.
Pesquisa feita pelo site Mercado Mineiro entre os dias 5 e 7 deste mês mostra que o valor aumentou R$ 0,53 em relação a novembro, quando era de R$ 4,482. As novas cifras médias representam crescimento de 8,53%.
O custo para o consumidor final deve subir mais nos próximos dias, visto que a Petrobras anunciou, nesta segunda-feira (8/2), reajuste nos preços cobrados pelas refinarias.
No início de janeiro, o valor médio nas bombas instaladas em solo belo-horizontino era de R$ 4,649.
A nova política de preços da companhia faz com que o litro da gasolina suba R$ 0,17, passando a custar R$ 2,25. Cada litro de diesel, por seu turno, será repassado aos distribuidores por R$ 2,24 — crescimento médio de R$ 0,13.
Mudança também no valor do gás de cozinha: o aumento de R$ 0,14 por quilo fará com que o botijão de 13 quilos fique, aproximadamente, R$ 1,81 mais caro.
Por ora, o preço do etanol na capital mineira é de R$ 3,238, em média, o que equivale a 8,63% de aumento em relação aos R$ 2,981 calculados em novembro.
O diesel subiu 7,3% desde o penúltimo mês do ano passado, indo de R$ 3,667 para R$ 3,935.
“O aumento é péssimo para o consumidor e muito ruim para os donos de postos de combustível. As pessoas ainda estão em casa, com muito medo (da COVID-19), e orçamento extremamente contado. E, semanalmente, gasolina e diesel sobem, com o etanol acompanhando”, diz o economista Feliciano Abreu, coordenador das pesquisas feitas pelo Mercado Mineiro.
Ele crê que o aumento vindo das refinarias deve começar a ser sentido no fim desta semana. Para Feliciano, os sucessivos aumentos contribuem para o desaquecimento do setor de combustíveis: “O consumo está muito baixo. Se o mercado continuar aumentando os preços, por incrível que pareça, teremos postos fechando. O consumidor tem comprado cada vez menos – não por não querer, mas por ter menos condições”.
O etanol, visto por muitos como alternativa aos combustíveis tradicionais, é viável apenas quando tem preço médio correspondente a, no máximo, 70% do valor médio da gasolina.
Atualmente, os R$ 3,238 cobrados pelo litro do etanol correspondem a 67% dos R$ 4,864 que custeiam a mesma porção de gasolina.
Feliciano Abreu afirma que os motoristas devem se guiar pelo preço médio do combustível ao analisar o local escolhido para abastecer seu veículo. Ele explica que os postos lucram por meio da circulação dos automóveis.
“Se o consumidor guardar o preço médio e abastecer abaixo do valor, tendencialmente a outra parte do mercado vai ter que abaixar para não ter prejuízo ou fechar”, pontua.
As subidas sequenciais no valor do diesel têm gerado a insatisfação de caminhoneiros, que ameaçam paralisações como as feitas em 2018. O composto é responsável por “alimentar” os veículos pesados.
O economista chama o diesel de “mola propulsora da economia”. Por isso, lembra que toda a população sente os efeitos: “A gente acaba pagando isso nas prateleiras dos estabelecimentos”.
“Temos uma matriz rodoviária. Os preços acabam sendo inflados, também, por conta do reajuste do diesel”, corrobora Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos.
O Ministério da Economia tenta viabilizar a diminuição do PIS/Cofins sobre os combustíveis. Nesse domingo (7), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que, a cada litro de gasolina, é preciso pagar R$ 0,33 na forma do tributo.
“Estamos na iminência de anunciar diminuição do imposto federal, contudo a Petrobrás tem autonomia para reajustar os combustíveis (diesel, gasolina, álcool e gás) no percentual e data por ela determinados”, publicou, em sua conta no Twitter.
O presidente defende, também, mudança no regime de cobrança do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), ligado aos governos estaduais. Ele deseja a cobrança do tributo de forma fixa – por valor ou percentual – sobre cada litro de combustível.
Nesta segunda-feira (8/2), em frente ao Palácio do Alvorada, em Brasília, ele voltou a falar sobre a independência da Petrobras: “Não é novidade para ninguém. Está previsto um novo reajuste de combustível para os próximos dias, está previsto. Vai ser uma chiadeira com razão? Vai. Eu tenho influência sobre a Petrobras? Não”.
Para Étore Sanchez, o enxugamento do PIS/Cofins não é a melhor saída. “A gente não pode, simplesmente, parar de arrecadar. O Estado brasileiro ainda é muito grande. Temos carga tributária por termos gastos elevados. Teria que ser uma redução prudente, sustentável”, diz.
“A saída seria estimular a economia interna, com novos produtores de petróleo e gasolina. Para, por meio do mercado, regular os preços”, completa.
O reajuste anunciado pela Petrobras nesta segunda-feira é o segundo adotado apenas em 2021. Em 26 de janeiro, a companhia divulgou aumento médio de R$ 0,10 no litro da gasolina e de R$ 0,09 no valor do diesel.
“Os valores praticados nas refinarias pela Petrobras são diferentes dos percebidos pelo consumidor final no varejo. Até chegar ao consumidor, são acrescidos tributos federais e estaduais, custos para aquisição e mistura obrigatória de biocombustíveis pelas distribuidoras, no caso da gasolina e do diesel, além dos custos e margens das companhias distribuidoras e dos revendedores de combustíveis”, alegou a empresa.
Pesquisa feita pelo site Mercado Mineiro entre os dias 5 e 7 deste mês mostra que o valor aumentou R$ 0,53 em relação a novembro, quando era de R$ 4,482. As novas cifras médias representam crescimento de 8,53%.
O custo para o consumidor final deve subir mais nos próximos dias, visto que a Petrobras anunciou, nesta segunda-feira (8/2), reajuste nos preços cobrados pelas refinarias.
No início de janeiro, o valor médio nas bombas instaladas em solo belo-horizontino era de R$ 4,649.
A nova política de preços da companhia faz com que o litro da gasolina suba R$ 0,17, passando a custar R$ 2,25. Cada litro de diesel, por seu turno, será repassado aos distribuidores por R$ 2,24 — crescimento médio de R$ 0,13.
Mudança também no valor do gás de cozinha: o aumento de R$ 0,14 por quilo fará com que o botijão de 13 quilos fique, aproximadamente, R$ 1,81 mais caro.
Por ora, o preço do etanol na capital mineira é de R$ 3,238, em média, o que equivale a 8,63% de aumento em relação aos R$ 2,981 calculados em novembro.
O diesel subiu 7,3% desde o penúltimo mês do ano passado, indo de R$ 3,667 para R$ 3,935.
“O aumento é péssimo para o consumidor e muito ruim para os donos de postos de combustível. As pessoas ainda estão em casa, com muito medo (da COVID-19), e orçamento extremamente contado. E, semanalmente, gasolina e diesel sobem, com o etanol acompanhando”, diz o economista Feliciano Abreu, coordenador das pesquisas feitas pelo Mercado Mineiro.
Ele crê que o aumento vindo das refinarias deve começar a ser sentido no fim desta semana. Para Feliciano, os sucessivos aumentos contribuem para o desaquecimento do setor de combustíveis: “O consumo está muito baixo. Se o mercado continuar aumentando os preços, por incrível que pareça, teremos postos fechando. O consumidor tem comprado cada vez menos – não por não querer, mas por ter menos condições”.
O etanol, visto por muitos como alternativa aos combustíveis tradicionais, é viável apenas quando tem preço médio correspondente a, no máximo, 70% do valor médio da gasolina.
Atualmente, os R$ 3,238 cobrados pelo litro do etanol correspondem a 67% dos R$ 4,864 que custeiam a mesma porção de gasolina.
Memorizar preço médio é ‘segredo’ para consumidor
Feliciano Abreu afirma que os motoristas devem se guiar pelo preço médio do combustível ao analisar o local escolhido para abastecer seu veículo. Ele explica que os postos lucram por meio da circulação dos automóveis.
“Se o consumidor guardar o preço médio e abastecer abaixo do valor, tendencialmente a outra parte do mercado vai ter que abaixar para não ter prejuízo ou fechar”, pontua.
As subidas sequenciais no valor do diesel têm gerado a insatisfação de caminhoneiros, que ameaçam paralisações como as feitas em 2018. O composto é responsável por “alimentar” os veículos pesados.
O economista chama o diesel de “mola propulsora da economia”. Por isso, lembra que toda a população sente os efeitos: “A gente acaba pagando isso nas prateleiras dos estabelecimentos”.
“Temos uma matriz rodoviária. Os preços acabam sendo inflados, também, por conta do reajuste do diesel”, corrobora Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos.
Bolsonaro quer reduzir PIS/Cofins e mexer no ICMS
O Ministério da Economia tenta viabilizar a diminuição do PIS/Cofins sobre os combustíveis. Nesse domingo (7), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que, a cada litro de gasolina, é preciso pagar R$ 0,33 na forma do tributo.
“Estamos na iminência de anunciar diminuição do imposto federal, contudo a Petrobrás tem autonomia para reajustar os combustíveis (diesel, gasolina, álcool e gás) no percentual e data por ela determinados”, publicou, em sua conta no Twitter.
O presidente defende, também, mudança no regime de cobrança do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), ligado aos governos estaduais. Ele deseja a cobrança do tributo de forma fixa – por valor ou percentual – sobre cada litro de combustível.
Nesta segunda-feira (8/2), em frente ao Palácio do Alvorada, em Brasília, ele voltou a falar sobre a independência da Petrobras: “Não é novidade para ninguém. Está previsto um novo reajuste de combustível para os próximos dias, está previsto. Vai ser uma chiadeira com razão? Vai. Eu tenho influência sobre a Petrobras? Não”.
Para Étore Sanchez, o enxugamento do PIS/Cofins não é a melhor saída. “A gente não pode, simplesmente, parar de arrecadar. O Estado brasileiro ainda é muito grande. Temos carga tributária por termos gastos elevados. Teria que ser uma redução prudente, sustentável”, diz.
“A saída seria estimular a economia interna, com novos produtores de petróleo e gasolina. Para, por meio do mercado, regular os preços”, completa.
Petrobras: dois aumentos em um mês
O reajuste anunciado pela Petrobras nesta segunda-feira é o segundo adotado apenas em 2021. Em 26 de janeiro, a companhia divulgou aumento médio de R$ 0,10 no litro da gasolina e de R$ 0,09 no valor do diesel.
“Os valores praticados nas refinarias pela Petrobras são diferentes dos percebidos pelo consumidor final no varejo. Até chegar ao consumidor, são acrescidos tributos federais e estaduais, custos para aquisição e mistura obrigatória de biocombustíveis pelas distribuidoras, no caso da gasolina e do diesel, além dos custos e margens das companhias distribuidoras e dos revendedores de combustíveis”, alegou a empresa.
Valores em Betim e Contagem
Quem abastece em cidades da Região Metropolitana de BH também tem precisado desembolsar cifras significativas.
Em Betim e Contagem, o litro da gasolina custa, em média, R$ 4,821 e R$ 4,846, respectivamente.
O etanol pode ser adquirido a R$ 3,222 (o litro) em solo contagense e a R$ 3,187 nos postos betinenses.
Variação dos preços dos combustíveis - BH- Jan/Fev 2021
Gasolina
- 7/1 a 10/1: R$ 4,649
- 26 a 28/1: R$ 4,779
- 5 a 7/2: R$ 4,864
Etanol
- 7/1 a 10/1: R$ 3,213
- 26 a 28/1: R$ 3,224
- 5 a 7/2: R$ 3,238
Diesel S10
- 7/1 a 10/1: R$ 3,846
- 26 a 28/1: R$ 3,856
- 5 a 7/2: R$ 3,935
Fonte: Mercado Mineiro