Embora a inflação de alimentos tenha desacelerado na passagem de dezembro para janeiro, os preços da alimentação continuaram puxando o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o grupo Alimentação de bebidas avançou 1,02% em janeiro, respondendo por 0,22 ponto porcentual (p.p.) da alta de 0,25% registrada no IPCA agregado.
A desaceleração do IPCA em janeiro levou o mês a ter a taxa mais baixa desde agosto de 2020, quando o índice subiu 0,24%.
O grupo Alimentação e bebidas desacelerou ante uma alta de 1,74% em dezembro. Os alimentos para consumo no domicílio, que haviam subido 2,12% no mês anterior, variaram 1,06% em janeiro, informou o IBGE.
Essa desaceleração foi puxada pela alta menos intensa das frutas (2,67%) e pela queda no preço das carnes (-0,08%), que, em dezembro, haviam subido 6,73% e 3,58%, respectivamente. Além das carnes, houve recuos no leite longa vida (-1,35%) e o óleo de soja (-1,08%). Puxado pelo dólar e alta de cotações da soja, o óleo de soja acumulou alta de 103,79% em 2020.
Na contramão, os preços da cebola (17,58%) e do tomate (4,89%), que haviam recuado no mês anterior, subiram em janeiro, contribuindo com um impacto conjunto de 0,03 p.p., informou o IBGE.
Já a alimentação fora do domicílio seguiu movimento inverso, acelerando de 0,77% em dezembro para 0,91% em janeiro, particularmente por conta da alta do lanche (1,83%).
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