A Fecomércio MG divulgou os resultados da pesquisa de Expectativa de Vendas para o primeiro semestre de 2021. Os dados foram levantados com 401 empresas entre os dias 7 e 27 de janeiro deste ano. Dos entrevistados, 44,1% acreditam que o período será melhor que o segundo semestre de 2020.
De acordo com a pesquisa, para minimizar o cenário econômico desfavorável, 30,2% dos empresários planejam investir em ações promocionais e 25,9% realizarão ações de divulgação e propagandas. Entre as datas comemorativas do primeiro semestre, que tem impacto mais positivo nas vendas, o Dia das Mães ganha de qualquer outro, na opinião de 36,4% dos entrevistados.
Seguido pelo carnaval (14,2%), a Páscoa (13%) Dia dos Namorados (12,5%) e Dia internacional da Mulher (2,2%). Entretanto, neste ano, apesar da alta expectativa pela retomada nas vendas, o feriado de carnaval foi cancelado em muitos municípios mineiros, o que levará a uma baixa da arrecadação.
O economista chefe da Fecomércio, Guilherme Almeida, comenta que apesar dessa possível queda de vendas, os empresários tentarão recuperar os números ao longo dos meses, até fechar o primeiro semestre de 2021. Além disso, ele lembra que a crise econômica se deu por causa da crise sanitária e os indicadores voltarão a aumentar somente com uma melhora do cenário de pandemia.
“O mercado de trabalho só destrava com a resolução do cenário da pandemia. A medida que observamos mais pessoas imunizadas, naturalmente a perspectiva se torna mais positiva”, ele completa.
O levantamento também aponta que os segmentos que terão mais destaque são informática, telefonia e comunicação (72,7%), combustíveis e lubrificantes (70,0%), veículos e motocicletas, partes e peças (63,4%), livros, jornais, revistas e papelarias (60,0%), joias, óticas, artigos recreativos e esportivos e eletroeletrônicos (57,1%).
Questionados sobre a principal forma de pagamento utilizada pelos consumidores, 54,6% dos empresários apontaram o cartão de crédito. A expectativa é que as compras parceladas se sobressaiam neste momento.
Entre os motivos para dificultar as vendas do primeiro semestre, o fim do auxílio emergencial e a pandemia estão em primeiro lugar, com 73,3%. Além do desemprego (19,0%), o momento econômico do país (13,2%), a alta dos preços dos produtos (11,2%), o endividamento do consumidor (4,0%) e a concorrência desleal (2,5%).
*Estagiária sob supervisão do subeditor Eduardo Oliveira