O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) começou cedo, nesta sexta-feira (12/02), no perfil que mantém no Twitter, a pressão para baixar o preço dos combustíveis por meio da redução de impostos.
- Abasteça seu carro/caminhão com R$ 100 (para facilitar os cálculos) e poste aqui a nota fiscal.
%u2014 Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) February 12, 2021
- Na nota acima o indício de bitributação, além da desinformação sobre o ICMS, que não é ZERO.
- Ainda jogam a população contra o @govbr como se fosse o único a arrecadar. pic.twitter.com/M4XXoumtgE
Ainda hoje, Bolsonaro quer anunciar a redução do PIS/Cofins, tributação da União, que tinha a resistência do Ministério da Economia.
O próprio Bolsonaro admitiu que o projeto está pronto, mas ainda precisa do aval do Ministério da Economia, que, de acordo com Bolsonaro, "atrasou" sua análise.
Pressionando estados
Bolsonaro já declarou que não interfere na política de preços da Petrobras. No entanto, aparentando desconhecer a penúria dos estados brasileiros, agravada pela pandemia do novo coronavírus, o presidente pressiona também governadores.
Bolsonaro quer que estados também deem a sua cota de sacrifício, reduzindo o Imposto Sobre Circulação de Mercadoria e Serviços (ICMS).
No plano federal, o próprio Bolsonaro disse que cada centavo de redução no PIS/Cofins sobre o diesel teria impacto de R$ 800 milhões nos cofres públicos.
Ao informar esse cálculo da equipe econômica, Bolsonaro admite que a redução do preço do diesel é, em última análise, a meta a ser alcançada.
O combustível usado pelos caminhoneiros tem que baratear para evitar novas greves em decorrência dos reiterados reajuste dos combustíveis.
Gasolina e diesel sofretam cinco reajustes apenas em 2021.
O último anúncio foi nesta segunda-feira (0 8/02), com aumento de 8% na gasolina e 6% no diesel. Ou seja, em menos de dois dois meses, a gasolina já subiu 20,6% e o diesel 11% no valor cobrado nas refinarias.