Depois de presenciar a perda de postos de trabalho no ano passado, a indústria de chocolates tem expectativas diferentes para a Páscoa de 2021. Segundo um levantamento feito pela Abicab (Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas), a data prevê a contratação de 11,6 mil profissionais de forma direta ou indireta, que vão atuar nas linhas de produção ou nos pontos de venda.
O número representa um crescimento de 4,8% em relação à última temporada, quando o mercado já estava abastecido com produtos. Além disso, a forte crise na pandemia levou o setor a demitir funcionários justamente no período da Páscoa.
Em 2020, o comércio teve queda de 33% nas vendas de Páscoa em comparação com 2019, de acordo com levantamento da empresa de inteligência Boa Vista. Há dois anos, o setor obteve crescimento de 1,5%. A queda no setor se manifestou em função do fechamento das principais lojas devido às medidas de conter a COVID-19 adotadas pelos municípios.
Agora, as empresas especializadas em produção de ovos e chocolates começaram o planejamento em agosto do ano passado. Além disso, as fábricas prepararam de antemão outros detalhes, como logística, embalagens e tendências.
“Nossos associados continuam trabalhando com o cuidado de adaptar a sua linha de produção para garantir a segurança de seus colaboradores e consumidores e seguem todos os protocolos de segurança recomendados por órgãos públicos”, afirma o presidente da Abicab, Ubiracy Fonseca.
Ele entende que as empresas vão diversificar os canais de venda para aumentar as vendas: “Em 2020, o e-commerce e o varejo foram grandes aliados das indústrias. Com isso, acreditamos que as vendas online e parceria com os varejistas se manterão fortes neste e nos próximos anos. Temos enxergado um crescimento significativo nos canais digitais”.
Segundo ele, as empresas também estão acompanhando os processos de restrição em cada região do Brasil para ajustarem o planejamento de acordo com o cenário, atendendo, assim, a demanda do mercado de maneira segura e responsável.