Os níveis fiscais de antes da pandemia não garantem estabilização da dívida no Brasil e em países como Índia e África do Sul, avaliou nesta terça-feira, 23, o Instituto de Finança Internacional, (IIF na sigla em inglês), em relatório. Para o IIF, mesmo que os custos de empréstimos se mantivessem estáveis nos países emergentes, o espaço fiscal seria limitado.
No entanto, diz o IIF, os ajustes necessários para a sustentabilidade da dívida parecem "razoáveis" para a maioria dos países analisados, com exceção da África do Sul.
O IIF utiliza como pressuposto crescimento potencial ao redor de 2% para Brasil e México, 2,7% na Colômbia e 1,5% na África do Sul.
"Num contexto de taxas de juro baixas, Colômbia e México não precisariam de ajustes, mas outros países estão mais distantes da estabilização da dívida", observa o estudo.
No caso do Brasil, o IIF avalia que seria necessário um corte de gastos de cerca de 2,5% do PIB para que a dívida fosse estabilizada.
A África do Sul é o país com situação mais delicada entre os estudados, dada a erosão da disciplina fiscal na última década.
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