A pandemia do novo coronavírus levou a fechamento de 75,2 mil lojas com vínculos empregatícios no comércio varejista no Brasil, em 2020. O dado é de levantamento elaborado e divulgado nesta segunda-feira (1º/03) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Minas Gerais é o segundo colocado na lista dos estados que mais sofreram com o trágico ano de 2020. Segundo os números do CNC, o território mineiro perdu 9,55 mil lojas durante todo o ano passadp.
O estado que lidera o ranking de fechamento é São Paulo, com 20,3 mil lojas a menos em 2020. Rio de Janeiro completa o top 3, com 6,04 estabelecimentos a menos.
Ainda segundo o levantamento, nenhum segmento do varejo apresentou expansão no número de estabelecimentos comerciais no ano passado.
O ramo de vestuário, calçados e acessórios foi o que mais sofreu, com 22,29 mil unidades a menos, seguido por hiper, super e minimercados (fechamento de 14,38 mil) e lojas de utilidades domésticas e eletroeletrônicos (13,31 mil e menos).
O ramo de vestuário, calçados e acessórios foi o que mais sofreu, com 22,29 mil unidades a menos, seguido por hiper, super e minimercados (fechamento de 14,38 mil) e lojas de utilidades domésticas e eletroeletrônicos (13,31 mil e menos).
O número total de fechamentos em um ano também é o maior desde 2016. Naquele ano, 105,3 mil lojas fecharam, contra 15,5 mil em 2017.
Em 2018 e 2019, o saldo foi positivo em 12,1 mil e 15 mil. A pandemia de COVID-19 foi colocada em evidência na justificativa do drástico recuou na economia.
Em 2018 e 2019, o saldo foi positivo em 12,1 mil e 15 mil. A pandemia de COVID-19 foi colocada em evidência na justificativa do drástico recuou na economia.
“Em 2020, o comércio varejista brasileiro enfrentou um drástico cenário com restrições operacionais significativas em todo o país em virtude da incidência da primeira onda da pandemia no Brasil. As consequências econômicas da crise sanitária sobre o setor se fizeram sentir nas semanas imediatamente seguintes à decretação da pandemia global”, diz trecho do levantamento da CNC.
Variação
Dentro do estudo da CNC, há um balanço mensal sobre o fatídico ano de 2020. Com o início da pandemia, em março, percebeu-se uma inflexão de 14,4% no volume de vendas em relação a fevereiro daquele ano.
Em abril, os números despencaram novamente, e o índice chegou a -17,7% na comparação entre os meses.
Em abril, os números despencaram novamente, e o índice chegou a -17,7% na comparação entre os meses.
Somente a partir de maio que a economia teve um respiro, que restabeleceu o nível de faturamento de fevereiro já em agosto. O estudo coloca essa questão na conta do e-commerce, da flexibilização do comércio e do uso do auxílio emergencial.
“Essa rápida reação do setor só foi possível graças a uma combinação de fatores que permitiram reestabelecer as condições de consumo. O fortalecimento do comércio eletrônico, a flexibilização das medidas restritivas na virada do primeiro para o segundo semestre e a disponibilização do auxílio emergencial permitiram que o restabelecimento do nível de atividade do setor ocorresse menos de seis meses após o início dos impactos negativos decorrentes da disseminação do novo coronavírus no Brasil".