A multinacional francesa Verallia – terceira maior produtora global de embalagens de vidro para alimentos e bebidas – acaba de anunciar a construção de um segundo forno em Jacutinga, no Sul de Minas, com incentivo de R$ 400 milhões.
Com o investimento, a companhia prevê que a capacidade produtiva vai mais do que dobrar, passando a produzir de 1,2 milhão de garrafas para 2,5 milhões, diariamente, a partir de 2023, quando o forno estará operando em plena capacidade.
O número de funcionários vai aumentar na mesma proporção e será dobrado. Quando o novo forno estiver em funcionamento, serão gerados pelo menos outros 90 postos de trabalho diretos em Jacutinga, além de 50 indiretos.
Já a obra vai demandar 1 mil trabalhadores temporários.
Já a obra vai demandar 1 mil trabalhadores temporários.
Expansão
Segundo o governo do estado, Minas Gerais está colhendo os frutos da expansão da cadeia de suprimentos da indústria, em diferentes áreas.
Um novo cenário que gera ganhos importantes para a diversificação da economia mineira.
O objetivo é otimizar recursos de quem empreende, facilitando a logística produtiva, além de gerar empregos e renda.
Um novo cenário que gera ganhos importantes para a diversificação da economia mineira.
O objetivo é otimizar recursos de quem empreende, facilitando a logística produtiva, além de gerar empregos e renda.
Para o secretário-adjunto de Desenvolvimento Econômico, Fernando Passalio, a expansão de investimento da Verallia no estado reflete a boa relação que o governo de Minas tem tido com empresas que querem investir no estado.
“A Verallia sela um trabalho que temos na Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, sob a liderança do governador Romeu Zema, para que tenhamos ainda mais investidores que aqui estão expandindo. Aqueles que ainda não estão em Minas estão convidados a vir e aferir de perto o quanto Minas Gerais é o melhor estado para se empreender”, afirma.
A expansão anunciada ocorre pouco tempo depois do início das atividades da empresa em Minas, em julho de 2019.
De acordo com informações divulgadas pela multinacional, toda a produção da unidade mineira será destinada ao mercado interno, que está em crescimento.
De acordo com informações divulgadas pela multinacional, toda a produção da unidade mineira será destinada ao mercado interno, que está em crescimento.
Intermediação
A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede), por meio do Instituto de Desenvolvimento Integrado de Minas Gerais (Indi), foi responsável por fazer a intermediação entre a empresa e os órgãos públicos, viabilizando a vinda da multinacional para o estado.
"Mais um grande investimento que vai gerar emprego e renda em Minas Gerais. O grupo francês Verallia vai aplicar cerca de R$ 400 milhões na montagem de um novo forno de garrafas de vidro da unidade em Jacutinga. Só no decorrer das obras, cerca de 1 mil pessoas serão empregadas. Desde o início da nossa gestão, já atraímos cerca de R$ 95 bilhões para Minas e continuamos adotando medidas para criar um ambiente ainda melhor para quem quer investir e trabalhar aqui", afirmou o governador Romeu Zema.
Atuação em Minas
Para instalar a companhia no estado, a multinacional investiu, à época, aproximadamente R$ 300 milhões, sendo a primeira operação do tipo em território mineiro.
A planta é uma das mais modernas do mundo, com tecnologia de ponta e preocupação com a sustentabilidade, contando, por exemplo, com sistemas de tratamento de emissões atmosféricas e de resíduos.
A planta é uma das mais modernas do mundo, com tecnologia de ponta e preocupação com a sustentabilidade, contando, por exemplo, com sistemas de tratamento de emissões atmosféricas e de resíduos.
“Aumentar a nossa capacidade produtiva já estava nos planos. A Verallia é uma empresa muito sólida no Brasil e globalmente, que investe projetando o longo prazo. Esperávamos o momento certo levando em conta, inclusive, as condições de mercado e contratos com nossos clientes”, comenta Quintin Testa, diretor geral da empresa na América do Sul.
Na avaliação do gerente de Agronegócios, Química e Embalagens do Indi, Lucas Freire Silva Fonseca, o novo incentivo reforça a diretriz do governo mineiro de consolidar as cadeias de fornecimento dentro do próprio estado, estreitando o elo entre fabricantes e fornecedores.
“A atração do fornecedor de insumos, neste caso de embalagens de vidro, facilita a atração das indústrias de bebidas, que, por sua vez, permitem a expansão de seus fornecedores”, observa.
Antes da chegada da multinacional francesa, as empresas de bebidas localizadas em Minas tinham que comprar as garrafas em outros estados. Com isso, o ICMS sobre a embalagem era gerido pelo local de origem, já que se trata de um tributo estadual.
De acordo com informações da companhia, ela atende a cerca de 10 mil clientes no mundo, com indústrias em 11 países. No Brasil são três fábricas. Além da unidade mineira, há indústrias em Campo Bom (RS) e em Porto Ferreira (SP).
*Estagiária sob supervisão da subeditora Kelen Cristina