O presidente da República, Jair Bolsonaro, avaliou como "enorme e escorchante" a carga tributária no País e disse que o Ministério da Economia segue em busca de soluções para a questão. "O ministro da Economia, Paulo Guedes, quer a reforma tributária para buscarmos uma solução para isso", disse Bolsonaro nesta quinta-feira durante evento em São Simão (GO).
"Temos problemas como o diesel. Não é fácil resolver isso daí. Para eu reduzir, zerar, os 35 centavos no litro do diesel por dois meses, fui buscar R$ 2 bilhões e pouco em outro lugar", afirmou o presidente, sobre o aumento da CSLL para bancos e entidades financeiras para compensar a isenção no combustível. "Ninguém aguenta mais essa escorchante carga tributária dos governos federal, estaduais e municipais. De todos nós, não tem santo aqui", emendou.
Bolsonaro disse também que "herdou um país com uma dívida enorme". "Não estou reclamando, mas imaginem vocês se o PT tivesse ganho as eleições", afirmou o presidente, que reforçou as críticas à legenda e a movimentos sociais.
"Em falar neste partido do mal, há dois anos não se houve falar em MST. Por quê? Fizemos nossa parte. Acabei com dinheiro de ONGs para eles. Algumas boas ONGs foram para o espaço: efeito colateral", afirmou Bolsonaro ao criticar o espaço destinado para reservas indígenas.
Privatizações
Sobre a pauta de privatizações, Bolsonaro disse que o Executivo tem um "time maravilhoso de ministros e secretários que tudo fazem para que a iniciativa privada, cada vez mais, tenha liberdade e possa investir no Brasil".
"Afinal de contas, o que a iniciativa privada faz é melhor, é mais rápido e lucrativo", defendeu o presidente.
Norte-Sul
Nesta quinta-feira, o presidente participou de evento de inauguração de trecho de 172 quilômetros da Ferrovia Norte-Sul, entre os municípios de São Simão (GO) e Estrela D'Oeste (SP), que será operada em parceria com a iniciativa privada. Na cerimônia, o governo também entregou um ponto do 'Programa Wi-fi na Praça' do Ministério das Comunicações.
Acompanharam a inauguração os ministros Tarcísio de Freitas (Infraestrutura), Fábio Faria (Comunicações), Onyx Lorenzoni (Secretaria-Geral) e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional).
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