Estimulado por lojas de materiais para construção e supermercados, além do benefício do auxílio emergencial, pago pelo governo federal entre abril e dezembro do ano passado, o varejo paulista terminou o ano de 2020 com alta de 3% no seu faturamento em comparação com o ano anterior, como mostra a Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista (PCCV), da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
Conforme os dados da Fecomércio, o setor da construção registrou, ao final de 2020, crescimento de 18,7% no faturamento, fechando o ano em R$ 67,6 bilhões, enquanto os supermercados tiveram aumento de 13,8%; faturando R$ 297,6 bilhões no período. O crescimento se explica, segundo a instituição, as demandas das famílias em meio à quarentena, seja promovendo pequenas reformas ou porque, diante das restrições impostas pelas autoridades, precisaram cozinhar mais em casa.
A entidade ressalta, no entanto, que o varejo no Estado teria queda de 1,1% no seu faturamento em um cenário sem o auxílio emergencial, benefício que injetou R$ 32,4 bilhões na economia paulista entre abril e dezembro, montante que representa 4% de tudo o que o varejo faturou no ano.
Já os setores como o de vestuário, tecidos e calçados e as concessionárias de veículos registraram quedas expressivas. o setor de vestuário perdeu um quinto do seu tamanho (-20,3) no ano passado, enquanto o setor de concessionárias de veículos encolheu 17,7%.
A PCCV utiliza dados da receita mensal informados pelas empresas varejistas ao governo paulista por meio de um convênio de cooperação técnica firmado entre a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz-SP) e a FecomercioSP.
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