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Estado de Minas SUBINDO DE NOVO

Combustível já pesa mais

Postos corrigem preços depois do sexto reajuste do ano nas refinarias. Petrobras havia garantido que elevação não seria sentida pelo consumidor


10/03/2021 04:00

Motoristas em fila para abastecer em Belo Horizonte: gasolina comum já é vendida próximo de R$ 6 na capital mineira(foto: JAIR AMARAL/EM/D.A PRESS %u2013 26/2/21)
Motoristas em fila para abastecer em Belo Horizonte: gasolina comum já é vendida próximo de R$ 6 na capital mineira (foto: JAIR AMARAL/EM/D.A PRESS %u2013 26/2/21)


Depois de mais um reajuste nas refinarias de petróleo, o sexto em 2021, os postos de combustíveis já cobravam novos valores ontem em Belo Horizonte. Com essa elevação, a gasolina já pode ser encontrada custando mais de R$ 6 nos estabelecimentos da capital mineira, o que representa aumento de 8,8%. Nas refinarias, o preço do combustível acumulou alta de 53% desde o ano passado.
 
Segundo a Petrobras, a nova majoração segue a cotação do petróleo e derivados no mercado internacional, impulsionados pela manutenção do corte de produção dos países exportadores de petróleo (Opep).
 
Em nota, a estatal afirmou que o consumidor não perceberia a elevação do custo nas bombas: "Os preços praticados pela Petrobras, e suas variações para mais ou para menos, associadas ao mercado internacional e à taxa de câmbio, têm influência limitada sobre os preços percebidos pelos consumidores finais".
 
Apesar da alegação, a reportagem do Estado de Minas esteve em quatro postos de combustíveis, todos localizados na Avenida Nossa Senhora do Carmo, sentido Nova Lima, na Região Centro-Sul, e constatou a prática de cobranças acima dos R$ 6 para a gasolina aditivada em três deles. Os valores variavam entre R$ 6,148 e R$ 6,990. Já a gasolina comum era vendida entre R$ 5,897 e R$ 5,999.
 
Este sexto aumento no preço em 2021 ocorre em meio à troca no comando da Petrobras feita pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O atual presidente da estatal, Roberto Castello Branco, fica no cargo até o dia 20 deste mês, quando dará lugar ao general Joaquim Luna e Silva.
 
A nomeação de Luna e Silva em fevereiro causou interferência negativa no mercado financeiro, com alta do dólar e queda da Bolsa de Valores de São Paulo. Bolsonaro optou pela troca de comando justamente pela questão dos preços, que o próprio presidente considerava como “abusivos”.

CAMINHONEIROS Esses frequentes reajustes levaram até mesmo a protestos isolados de caminhoneiros por causa do custo do óleo diesel. Houve manifestações pontuais na BR-040, em Sete Lagoas, e em Vespasiano, ambas na Região Metropolitana de Belo Horizonte, na terça-feira passada. Eles cobravam do governo tanto a desoneração dos impostos sobre o diesel, o que foi feito em nível federal (mas cujos efeitos foram anulados pelos sucessivos aumentos), a uma política de preço mínimo e de tabelamento “justo” para o frete.
 
No fim de fevereiro, os tanqueiros já haviam aderido a paralisação que durou dois dias e afetou o abastecimento em várias cidades mineiras. Eles reivindicavam do governo de Minas a redução do ICMS sobre o diesel, de 15% para 12%, como praticado em São Paulo e no Espírito Santo. Mesmo sem serem atendidos, encerraram o movimento sob promessa de negociação de suas demandas.

*Estagiária sob supervisão do 
subeditor João Renato Faria


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