O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que as travas impostas a aumentos de salários na Proposta de Emenda Constitucional (PEC) emergencial acabaram tendo um "peso excessivo" sobre o funcionalismo, já que não foi possível aprovar a desindexação ampla pretendida pela equipe econômica.
"Não era nada contra funcionário público, desindexação era ampla, era de despesas em geral. Como não se abriu mão 'não pode destravar a saúde, não pode destravar os policiais, não pode destravar educação, segurança', acabou sobrando a trava do funcionalismo público, o que acaba sendo injusto, excessivo sobre o funcionalismo", afirmou. Guedes participa de evento virtual organizado pelo site Jota.
Segundo Guedes, em 2020 e 2021, foram R$ 140 bilhões economizados sem aumentos de salários do funcionalismo. "Você está pagando uma parte dessa guerra, ao invés de empurrar para gerações futuras", afirmou. "Última presidente caiu por irresponsabilidade fiscal, não vamos repetir isso."
O ministro voltou a dizer que a aprovação de um limite para o valor do auxílio emergencial - previsto em R$ 44 bilhões na PEC - era importante para não dar um "cheque em branco", que levaria a aumento da inflação.
"A inflação vai passar de 6% até julho. Por enquanto é setorial e está começando a ficar generalizada. O Brasil está em estagflação há anos, estamos querendo romper esse ciclo", completou.
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