Os economistas do mercado financeiro elevaram pela décima semana consecutiva a previsão para o IPCA - o índice oficial de preços - em 2021. O Relatório de Mercado Focus divulgado nesta segunda-feira (15) pelo Banco Central mostra que a mediana para o IPCA este ano foi de alta de 3,98% para 4,60%. Há um mês, estava em 3,62%. A projeção para o índice em 2022 permaneceu em 3,50%. Quatro semanas atrás, estava em 3,49%.
O relatório Focus trouxe ainda a projeção para o IPCA em 2023, que seguiu em 3,25%. No caso de 2024, a expectativa permaneceu em 3,25%. Há quatro semanas, essas projeções eram de 3,25% para ambos os casos.
A projeção dos economistas para a inflação já está acima do centro da meta de 2021, de 3,75%, sendo que a margem de tolerância é de 1,5 ponto (de 2,25% a 5,25%). A meta de 2022 é de 3,50%, com margem de 1,5 ponto (de 2,00% a 5,00%), enquanto o parâmetro para 2023 é de inflação de 3,25%, com margem de 1,5 ponto (de 1,75% a 4,75%).
O BC deixou de publicar, no documento do Focus, as projeções sobre o Top 5. Estes dados podem ser consultados no Sistema de Expectativas de Mercado.
Últimos 5 dias úteis
A projeção mediana para o IPCA de 2021 atualizada com base nos últimos 5 dias úteis passou de 4,10% para 4,72%, conforme o Focus. Houve 93 respostas para esta projeção no período. Há um mês, o porcentual calculado estava em 3,72%.
No caso de 2022, a projeção do IPCA dos últimos 5 dias úteis passou de 3,49% para 3,51%. Há um mês, estava em 3,48%. A atualização no Focus também foi feita por 91 instituições.
Outros meses
Os economistas do mercado financeiro elevaram substancialmente a previsão para o IPCA em março de 2021, de alta de 0,45% para 0,85%. Para abril, a projeção no Focus foi de alta de 0,34% para 0,43% e, para maio, passou de 0,24% para 0,26%. Há um mês, os porcentuais indicavam elevações de 0,31% e 0,22%, nesta ordem.
De acordo com o IBGE, o IPCA fechou fevereiro com avanço de 0,86% e já acumula um crescimento de 5,20% nos últimos 12 meses. No Focus de hoje, a inflação suavizada para os próximos 12 meses saltou de alta de 3,84% para 4,27% - há um mês, estava em 3,71%.
ECONOMIA