A Fitch Ratings elevou a previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) global em 2021, de 5,3% para 6,1%. Em relatório, a agência explicou que o principal fator que motivou a revisão foi a aprovação do novo pacote de US$ 1,9 trilhão em estímulos à economia dos Estados Unidos.
A instituição também melhorou as projeções para o PIB norte-americano (de 4,5% para 6,2%) e da China (de 8% para 8,4%), enquanto a da zona do euro ficou inalterada em 4,7%.
A Fitch prevê ainda que o PIB de emergentes, excluindo-se a China, crescerá 6% este ano, frente à estimativa de 5% na atualização dezembro.
No documento, a agência explica que, além dos EUA, Japão, Reino Unido, Itália, Alemanha e Índia também anunciaram mais medidas de alívio econômico.
Já a China, segundo a análise, é a única das grandes economias que começa a "normalizar as configurações de política macroeconômicas", com redução do déficit fiscal.
Quanto ao mercado de trabalho, o relatório destaca que a recuperação ainda ocorre lentamente, de maneira geral. "As indústrias de lazer e transporte são intensivas em mão de obra e ainda sofrem com o distanciamento social. O emprego nos EUA ainda está 6,1% abaixo dos níveis pré-pandemia", pontua.
A Fitch acrescenta que a vacinação contra o coronavírus acelerou no mundo, mas riscos de atraso no processo podem pesar sobre o desempenho econômico. Também ressalta que a melhora das perspectivas econômicas, o aumento dos preços das commodities e problemas de oferta na indústria renovaram o foco sobre riscos inflacionários.
"A taxa de inflação dos EUA pode subir acima de 3% ao ano em abril, mas o núcleo aumentará muito mais gradualmente devido à fraqueza do mercado de trabalho. O Fed está focado no desemprego, mais tolerante com a alta da inflação e permanecerá paciente", afirma a instituição.
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