A Petrobras anunciou, nesta quarta-feira (24/3), a redução dos preços dos combustíveis em R$ 0,11 a partir de quinta-feira (25). O valor médio da gasolina nas refinarias da estatal será de R$ 2,59 por litro, após redução de R$ 0,11 por litro, uma queda de 3,7% em relação ao anterior, de R$ 2,69. O preço médio do diesel será de R$ 2,75 por litro, após o mesmo corte, de R$ 0,11 por litro, redução de 3,8% ante o valor vigente de R$ 2,86.
Em nota, a Petrobras justificou que “os seus preços e suas variações para mais ou para menos, associadas ao mercado internacional e à taxa de câmbio, têm influência limitada sobre os preços percebidos pelos consumidores finais”. Até chegar ao consumidor são acrescidos tributos federais e estaduais, custos para aquisição e mistura obrigatória de etanol anidro, além das margens brutas das companhias distribuidoras e dos postos revendedores de combustíveis, informou a companhia.
Segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), de 14 de março a 20 de março de 2021, a composição do preço da gasolina era a seguinte: 36,1% para a Petrobras; 10,4% de margem das distribuidoras e revenda; 14,7% de etanol anidro; 26,3% de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS); 12,1% de Cide e PIS/Cofins. No diesel, a participação da Petrobras sobe para 57,7%; 14,6% são das distribuidoras e postos; 14,6%, de ICMS; 13,7% de biodiesel; e 0,4% de PIS/Cofins
Barril de petróleo
O anúncio da Petrobras segue a queda do preço do petróleo nos últimos dias. A commodity chegou a perder 6% do valor na terça-feira (23) por conta de novas restrições para tentar conter a COVID-19, especialmente na Europa. Isso ampliou as dúvidas sobre o ritmo de retomada da demanda global.
Hoje, no entanto, o petróleo ensaia uma recuperação, após a divulgação do estoque nos Estados Unidos, abaixo do esperado. A Petrobras segue a cotação internacional do petróleo para definir os preços dos combustíveis em suas refinarias. Essa política é criticada pelo presidente Jair Bolsonaro e motivou a troca no comando da estatal.