O mercado imobiliário paulistano teve alta nas vendas e queda nos lançamentos em fevereiro - mês que, assim como no ano passado, foi o último antes da eclosão de uma crise sanitária em São Paulo. Os dados do mercado fazem parte de pesquisa realizada pelo Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi) e antecipada ao Estadão/Broadcast.
As vendas somaram 5.009 unidades, crescimento de 49% frente a janeiro e expansão de 19,6% em relação ao mesmo mês do ano passado. No acumulado dos últimos 12 meses, as vendas atingiram 52.886 unidades, aumento de 1,1%. A cidade registrou o lançamento de 1.680 moradias em fevereiro, queda de 6,4% ante janeiro e baixa de 23,1% em relação ao mesmo mês do ano passado. No acumulado dos últimos 12 meses, os lançamentos totalizaram 61.115 unidades, retração de 8,1%.
A velocidade de vendas (indicador que mede a quantidade de vendas no período perante o total disponível) foi de 10,5% em fevereiro. Esse patamar foi mais alto que em janeiro (6,9%) e um pouco abaixo do mesmo mês do ano passado (10,7%).
O estoque de apartamentos disponíveis para venda, considerando unidades na planta, em obras e recém-construídas, estava em 42.561 unidades no fim de fevereiro. O montante está 6,6% abaixo de janeiro, mas 22,1% acima do mesmo mês do ano passado.
Avaliação dos resultados
"O mês de fevereiro teve diminuição de lançamentos, mas as vendas seguiram expressivas", avaliou o presidente do Secovi, Basílio Jafet. A baixa dos lançamentos foi "meramente estatística", sem uma causa aparente, segundo ele. No último mês, os índices de confiança do setor produtivo estavam sadios e não foram motivo para postergação de novos projetos pelos empresários, afirmou.
No caso das vendas, os juros baixos continuam sendo a principal motivação para compra dos imóveis como moradia ou investimento. Além disso, a casa própria ganhou ainda mais importância em uma época marcada pelo confinamento. Ambos os efeitos vão perdurar e estimular a continuidade das vendas, estimou o presidente do Secovi.
ECONOMIA