A Fundação IPEAD/UFMG divulgou, nesta quarta-feira (31/03), os dados do Índice de Confiança do Consumidor de Belo Horizonte (ICC/BH), que alcançou 29,01 pontos em março - representando uma queda de 19,54% em comparação com fevereiro. É o menor patamar desde o início da pandemia e do surgimento do estudo, em maio de 2004.
O indicador é calculado mensalmente e compila opiniões de consumidores sobre o consumo no curto, médio e longo prazo. Sendo assim, os empresários do comércio varejista conseguem ter a percepção das melhorias que devem ser feitas no negócio, como estoques e investimentos, através das expectativas dos próprios consumidores.
Foram entrevistadas 210 pessoas que compram frequentemente na capital mineira, entre os dias 18 e 31 de março.
O ICC, que é a média geral que engloba o Índice de Expectativa Econômica (IEE) e o Índice de Expectativa Financeira (IEF), possui itens com um grau de importância: situação econômica do Brasil (18,21%), inflação (15,69%), emprego (20,79%), situação financeira da família (25,12%), situação financeira da família em relação ao passado (9,19%) e a pretensão de compra (11,00%).
Os indicadores são apresentados na escala de 0 a 100, onde 0 representa pessimismo total e 100 significa otimismo total por parte do consumidor.
A situação econômica do país (-38,76%) e o emprego (-35,67%) foram os que mais contribuíram para a variação negativa neste mês de março. A pretensão salarial (-26,88%) também caiu em relação com fevereiro. Diante disso, o indicador superou a maior queda registrada em abril de 2020.
O IEE e o IEF, tiveram quedas de -35,32% e -10,81%, respectivamente.
Por outro lado, a pretensão de compras registrou a menor taxa da história, revelando retração nas intenções dos consumidores. No entanto, há três principais produtos e serviços que eles pretendem adquirir nos próximos meses: outros (9,52%), vestuário e calçados (9,05%) e móveis (6,67%).
O novo fechamento do comércio, causado pela Onda Roxa do Plano Minas Consciente, refletiu negativamente na confiança e no poder de compra dos consumidores, bem como no levantamento feito pelo IPEAD.