Os programas de fidelidade registraram retração dos indicadores no acumulado de 2020, segundo levantamento da Associação Brasileira das Empresas do Mercado de Fidelização (ABEMF). As associadas movimentaram R$ 5,3 bilhões no ano passado, queda de 29,9% sobre 2019. O setor emitiu 236,7 bilhões de pontos/milhas no acumulado de 2020, recuo de 23,2% ante 2019. Em relação a milhas/pontos resgatados, houve queda de 34,4% no ano passado, para 173,9 bilhões.
No quarto trimestre, porém, o número de pontos/milhas emitidos alcançou 68 bilhões, um avanço de 23,2% em relação ao período imediatamente anterior. Sobre pontos/milhas resgatados, houve um aumento de 26,2% na mesma base de comparação, para 52,3 bilhões.
"Os indicadores positivos no último trimestre do ano demonstram a capacidade de adaptação dos programas às mudanças de realidade do mercado e às diferentes demandas dos participantes. Isso só foi possível devido ao grande investimento das empresas do setor na diversificação de atuação, algo essencial em momentos de crise, bem como em tecnologias que permitem uma maior personalização e flexibilização das ofertas", disse em nota o presidente da ABEMF, João Pedro Paro Neto.
No quarto trimestre de 2020, a associação registrou 161,6 milhões de cadastros nos programas de fidelidade, aumento de 6,1% sobre o terceiro trimestre. Na comparação anual, houve alta de 9,6%.
De acordo com a ABEMF, os resgates de produtos no varejo chegaram a 100% do total no momento mais crítico do isolamento social, contudo, passaram para 33% no quarto trimestre de 2020, com as passagens aéreas voltando a representar a maior fatia (67%). Antes da pandemia, o porcentual de pontos/milhas trocados por bilhetes aéreos ficava mais próximo dos 80%.
Já os pontos/milhas emitidos foram quase que totalmente provenientes do varejo (cerca de 95%) de outubro a dezembro do ano passado, enquanto o restante veio de passagens aéreas.
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